Milho: Preocupações com o clima na Argentina garantem mais um dia de alta ao mercado em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta terça-feira (30) do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal subiram pelo segundo dia consecutivo e exibiram valorizações entre 2,25 e 2,75 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,69 por bushel.

"A soja e o milho também avançaram em compras técnicas e cobertura de posições em meio às preocupações de que o mau tempo na América do Sul poderia reduzir a produção nos principais exportadores, Argentina e Brasil", reportou a agência Reuters internacional.

O clima seco na Argentina continua a ser uma preocupação dos participantes do mercado. "A área de cultivo de milho no país deverá cair e os rendimentos poderão ser menores devido à seca", disse um funcionário do Ministério da Agricultura do país à Reuters.

"A seca teve impacto no cultivo de milho de primeira safra, particularmente durante o desenvolvimento", disse o ministro Santiago del Solar. "Quando você viaja pelos campos, isso pode ser verificado. O milho tardio pode ainda receber algumas chuvas favoráveis", explicou.

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E, por enquanto, as previsões climáticas ainda indicam a continuidade do clima seco no país. As chuvas previstas não deverão ultrapassar os 20 mm acumulados, segundo destacam os modelos climáticos.

Ao Agrimoney.com, Tobin Gorey, da CBA, disse que "o milho dos EUA é globalmente competitivo, o que refletiu nos números dos embarques semanais reportados nesta segunda-feira, de 993 mil toneladas". Por outro lado, o mercado segue atento aos anúncios de vendas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Nesta segunda-feira, o órgão informou a venda de 115 mil toneladas de milho ao Egito. Hoje, a venda foi de 132 mil toneladas para a Espanha. Os volumes deverão ser entregues ao longo da campanha 2017/18.

Mercado doméstico

No mercado interno, a terça-feira foi de estabilidade aos preços do milho. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Assis (SP), a saca subiu 1,55% e encerrou o dia a R$ 26,20, já no Porto de Paranaguá, o valor futuro, para entrega em agosto/18, registrou alta de 1,67%, com a saca a R$ 30,50. Em Campinas (SP), a queda foi de 1,18%, com a saca a R$ 33,60.

Os analistas ainda destacam que as chuvas dificultam a colheita da primeira safra, o que tem mantido baixa a disponibilidade do grão no mercado e, consequentemente, dado suporte aos preços. O mercado de exportação também dá sustentação aos preços.

No acumulado de janeiro, as exportações de milho somam 2,13 milhões de toneladas, com média de 152,2 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Caso o ritmo permaneça até o final do mês, os embarques poderão totalizar 3,35 milhões de toneladas.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,1487 na venda, com ganho de 0,42%. Ainda conforme informações da Reuters, o câmbio acompanhou a trajetória da moeda no exterior.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

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