Milho: Mercado tem dia de movimentação técnica e recua mais de 1 ponto na CBOT nesta 5ª feira
Nesta quinta-feira (18), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o pregão em campo negativo. As principais posições da commodity ampliaram as quedas durante o dia e finalizaram a sessão com desvalorizações de 1,50 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,59 por bushel.
Segundo as agências internacionais, o mercado passou por uma correção técnica, depois dos ganhos registrados no dia anterior. Inclusive, diante da falta de novas informações, o mercado tem exibido movimentação técnica, sem oscilações muito expressivas nos últimos dias.
"O milho retrocedeu depois das recentes altas registradas pelo mercado. Um aumento nas vendas de grãos pelos produtores também alimentou a venda em futuros", reportou a Reuters internacional.
O mercado do cereal ainda permanece pressionado negativamente diante dos amplos estoques globais. Ainda nesta quinta-feira, o IGC (Conselho Internacional de Grãos, na sigla em inglês) elevou sua projeção para a safra global de milho na temporada 2017/18 para 1,054 bilhão de toneladas.
O número representa um crescimento de 14 milhões de toneladas do cereal, o que reflete, ainda segundo o conselho, as safras da União Europeia, China e Nigéria. O número está acima do indicado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em seu boletim de oferta e demanda, de 1.044,75 bilhão de toneladas.
Ainda no quadro fundamental, a safra da Argentina continua no radar dos participantes do mercado. De acordo com dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), o plantio do cereal avançou 5,5% na semana e atingiu 91,3% da área prevista para essa temporada, de 5,4 milhões de hectares.
No reporte, a entidade destacou que as chuvas da última semana permitiram a retomada dos trabalhos nos campos. O país ainda precisa cultivar 450 mil hectares com o grão nas regiões Nordeste e Noroeste.
"O tempo na América do Sul continua a ser observado de perto, já que alguns modelos climáticos conflitam", ainda segundo informações do Inside Futures.
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>> Plantio de milho alcança 91,3% na Argentina, diz Bolsa de Buenos Aires
Além disso, o mercado ainda aguarda o boletim de vendas semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta sexta-feira devido ao feriado de Marin Luther King, comemorado na última segunda-feira no país. A expectativa é que haja uma melhora nas exportações americanas com a influência do dólar.
"O mercado precisa começar a ver uma tendência de números melhores do que o esperado para incentivar uma cobrança de cobertura de posições", ressaltou o portal Inside Futures.
Mercado brasileiro
Mais uma vez, o dia foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), o valor subiu 8,33%, com a saca a R$ 13,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, subiu 1,72% e encerrou o dia a R$ 29,50.
Por outro lado, a saca caiu 3,57% em Brasília e terminou o dia a R$ 27,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a desvalorização foi de 2,27%, com a saca a R$ 21,50.
Os analistas ainda ponderam que os preços continuam pressionados negativamente pela colheita do cereal da safra de verão. No Rio Grande do Sul, cerca de 10% da área cultivada já foi colhida até o momento, de acordo com dados da Emater/RS.
Ainda segundo a Scot Consultoria, o comportamento dos preços dependerão do andamento da safrinha. Caso ocorra algum problema, os preços podem apresentar oscilações positivas, porém, os amplos estoques continuam como fatores limitantes aos preços.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a quinta-feira com leve queda, de 0,23% e fechou o dia a R$ 3,2096 na venda. Conforme dados da Reuters, o câmbio foi influenciado pela fraqueza da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes no exterior e algum fluxo.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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