Abastecimento de café está "ainda mais confortável", afirma Commerzbank após atualização da OIC
A "situação do abastecimento" de café "parece agora ainda mais confortável", disse o Commerzbank depois de a OIC (Organização Internacional do Café) elevar suas previsões dos estoques tanto nesta como na última temporada.
A OIC aumentou em 94 mil sacas de 60 kg, para 1,18 milhão de sacas, a estimativa de superávit mundial na produção de café em 2017/18, refletindo um aumento similar na previsão de produção para 158,8 milhões de sacas.
Na safra 2016/17, que terminou em setembro, o órgão elevou sua estimativa para um excedente de produção de 257 mil sacas, para 2,63 milhões de sacas.
Esse dado novamente reflete uma estimativa de produção mais alta, levantada em 257 mil sacas, para uma produção de 157,7 milhões de sacas.
"Depois de a OIC ter mudado em novembro sua previsão de um déficit para um superávit [em 2016/17], e novamente revisar esse valor ligeiramente para cima, a situação da oferta agora parece ainda mais confortável", disse o Commerzbank.
Danos com chuvas fortes
As estimativas de produção que foram elevadas para ambas as temporadas refletiram valores mais altos para o robusta, que teve na colheita de 2016/17 uma melhora específica – 3,39 milhões de sacas, para 59,3 milhões de sacas.
A revisão mais do que compensou uma queda de 3 milhões de sacas na previsão de produção da variedade.
E para 2017/18, a OIC levantou sua previsão de café robusta em 309 mil sacas, para 61,5 milhões de sacas, mais do que compensando um corte de 215 mil sacas na estimativa de produção de arábica.
A organização destacou uma queda na produção de café arabica na última temporada no Brasil, onde "além da expectativa de recessão bienal da safra, tamanhos menores dos grãos e um surto de broca também contribuíram para o declínio da produção".
Na Colômbia, segundo maior país produtor de arábica, "a produção está preliminarmente estimada para cair 4,3% para 14 milhões de sacas, pois fortes chuvas causaram danos durante o florescimento das lavouras".
Preços caem
As melhores ideias da oferta de robusta se basearam em um baixo desempenho específico nos preços da variedade no mês passado, quando os valores, medidos por um indicador da OIC, caíram 4,1% para o menor patamar em 18 meses.
Os preços, em geral, incluindo arábica, tiveram queda mais modesta de 2,8%.
Entre os tipos de arábica, os chamados "outros suaves", produzidos principalmente na América Central, registraram queda de 2,5% nos preços para o menor patamar desde janeiro de 2014, com baixo desempenho, refletindo a recuperação da produção centro-americana após de níveis deprimidos por um surto de ferrugem.
A produção hondurenha foi particularmente boa, com a OIC dizendo que, em 2017/18, "a produção no país deverá aumentar em 12% para 8,35 milhões de sacas, o que será a quarta temporada consecutiva de alta".
Tradução: Jhonatas Simião
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