Investidores ajustam posições e milho recua no último pregão de 2017 na CBOT; foco no clima na América do Sul

Publicado em 29/12/2017 16:59

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Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho recuaram na última sessão de 2017. As principais posições do cereal caíram pelo segundo dia consecutivo e encerraram a sexta-feira (29) com desvalorizações entre 1,25 e 1,75 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,50 por bushel e o maio/18 a US$ 3,59 por bushel.

O pregão foi marcado por movimentações pouco expressivas, uma vez que ao longo da semana, os fundos de investimentos já estavam ajustando as posições antes das festas de fim de ano. Os negócios serão retomados na próxima terça-feira (2).

"Os fundos possuem posições curtas bastante pesadas nos três grãos. Quaisquer possíveis problemas climáticos na América do Sul após o ano novo poderiam ser recebidos com algumas compras", explicou o negociante da Kluis Commodities, Cory Bratland, em entrevista ao Agriculture.com.

No caso da Argentina, os produtores ainda precisam finalizar o plantio do milho e a umidade no solo segue como uma preocupação. "Porém, com as chuvas recentes, os agricultores conseguiram avançar com os trabalhos nos campos. A expectativa é que a área cultivada esteja próxima de 70% no país", informou o site internacional Inside Futures.

Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 21 de dezembro, as vendas de milho somaram 1.245,5 milhão de toneladas, volume 20% acima do registrado na última semana.

O número também ficou acima das apostas dos participantes do mercado. Conforme dados das agências internacionais, a expectativa era de vendas entre 500 mil a 1,1 milhão de toneladas.

Para o próximo o ano, a expectativa é de demanda maior para o cereal. "A produção de gado e aves está crescendo nos EUA e no mundo. A demanda global por proteína animal está em crescimento. À medida que as economias melhoram a demanda por carnes também melhora", pontuou o Inside Futures.

Além disso, o site internacional ainda ressalta o aumento na produção de etanol a partir de milho nos Estados Unidos e também no Brasil. "A indústria de etanol norte-americana está se tornando mais eficiente e no Brasil, o etanol está passando de cana-de-açúcar para base de milho", completa o portal.

Ainda na composição do cenário, o Inside Futures, sinaliza que os produtores americanos deverão plantar uma área menor de milho na próxima temporada. "Considerando os custos de produção e os preços atuais para o milho e a soja na safra 2017/18, a cotação ainda faz da oleaginosa a melhor escolha", finaliza.

Mercado brasileiro

A última sexta-feira (29) do ano foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Inclusive, em muitas praças, não houve referência para as cotações no dia de hoje.

O mercado já havia demonstrado menor volume de negócios na última semana de 2017 diante da proximidade das festividades de final de ano. De forma geral, segundo dados da Scot Consultoria, o ano foi de queda nos valores do milho praticados no Brasil.

Os preços do cereal cederam em meio à produção recorde e a recuperação nos estoques nacionais. "A desvalorização do produto nesse ano ofereceu boa oportunidade para os setores que utilizam o insumo na ração, tais como avicultura, suinocultura e bovinocultura", destacou em nota a consultoria.

Para 2018, a expectativa é de preços mais firmes, uma consequência do recuo na safra do país. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção brasileira deve apresentar uma retração de 5,7%.

"De qualquer forma, os estoques maiores na temporada atual deverão limitar as altas de preços a patamares bem abaixo das cotações verificadas em 2016, quando houve quebra da safra e forte demanda para exportação", reportou a Scot Consultoria.

BM&F Bovespa

Devido às festividades de final de ano, a BM&F Bovespa não opera nesta sexta-feira (29). Os negócios serão retomados na próxima semana.

Veja como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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