Com pressão da oferta global, milho recua mais de 1% na CBOT na semana; clima na América do Sul segue no radar
As cotações futuras do milho acumularam desvalorizações ao longo da semana na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity caíram mais de 1% na semana, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
Nesta sexta-feira (8), a sessão foi marcada por poucas oscilações. Os vencimentos do cereal exibiram leves altas, entre 0,75 e 1,25 pontos. O dezembro/17 era cotado a US$ 3,40 por bushel e o março/18 operava a US$ 3,52 por bushel.
"O mercado ajusta-se frente ao relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será reportado na próxima semana. A oferta global segue alta e as exportações dos EUA continuam lentas", destacou a Granoeste Corretora de Cereais.
Paralelamente, o comportamento do clima na América do Sul, em especial na Argentina, diante da confirmação do La Niña, permanece no radar dos participantes do mercado. De acordo com levantamento da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) o plantio do milho está completo em 40,9% da área prevista para essa temporada na Argentina.
Os trabalhos nos campos evoluíram no centro e no sul da área agrícola. "A falta de umidade nos primeiros centímetros do perfil do solo continua atrasando a semeadura, especialmente nas regiões nordeste, noroeste e as províncias de Córdoba e Santa Fe", reportou a bolsa.
Apesar do cenário, as previsões climáticas indicam chuvas na Argentina nas próximas semanas, conforme reportou a Reuters internacional.
Mercado interno
No mercado doméstico, os preços do milho apresentaram leves valorizações durante a semana. Ainda de acordo com o levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Jataí e Rio Verde, ambas praças do estado de Goiás, a alta foi de 4,17%, com a saca do cereal a R$ 25,00.
No Oeste da Bahia, o ganho foi de 3,57%, com a saca a R$ 29,00. Na localidade de Assis (SP), a saca de milho fechou a semana a R$ 24,70, com alta de 2,92%. Já nas praças de Ubiratã e Londrina, no Paraná, a valorização ficou em 2,22%, com a saca a R$ 23,00.
"O mercado doméstico teve uma semana mais lenta. Os produtores passaram a ofertar de forma mais comedida e, consequentemente, os preços voltaram a ter alguma sustentação", reportou a Granoeste Corretora de Cereais.
Enquanto isso, no Porto de Paranaguá, a saca subiu 6,90% na semana e fechou a sexta-feira a R$ 31,00. O preço foi impulsionado pela alta cambial observada especialmente no final dessa semana. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,25% e encerrou o dia a R$ 3,2947 na venda.
"Na semana, a alta foi de 1,17%, a maior alta semanal em pouco mais de um mês. Na véspera, a moeda havia subido 1,73%. O mercado está cada vez mais sensível ao andamento das negpociações do governo para tentar aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano na Câmara dos Deputados", informou a Reuters.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, as principais posições do milho recuaram no pregão desta sexta-feira. As principais posições da commodity apresentaram quedas entre 0,18% e 0,46%. O janeiro/18 encerrou o dia a R$ 32,42 a saca e o março/18 a R$ 33,69 a saca.
As cotações exibiram um movimento de correção técnica depois da alta observada no dia anterior. Assim como no porto, os preços subiram com a valorização do dólar.
Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:
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