Milho: Com alta do dólar, preço sobe 5% nesta 5ª feira em Paranaguá e saca retoma o patamar de R$ 31,00
Com o suporte da alta do dólar, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa subiram no pregão desta quinta-feira (7). As principais posições do cereal finalizaram o dia com valorizações entre 0,46% e 1,46%. O janeiro/18 era cotado a R$ 32,57 a saca e o março/18 trabalhava a US$ 33,75 a saca. No Porto de Paranaguá, o ganho foi de 5,08%, com a saca a R$ 31,00.
Já a moeda norte-americana subiu 1,73% e encerrou o dia a R$ 3,2865 na venda, maior ganho desde o dia 18 de maio de 2017, quando o câmbio registrou alta de 8,15%, conforme dados da Reuters. O dólar foi impulsionado pela perspectiva de que o governo tem poucas chances de aprovar a reforma da Previdência em breve diante da dificuldade de conquistar apoio político.
No mercado doméstico, as cotações também registraram ligeiras altas nesta quinta-feira. De acordo com o levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o preço apresentou ganho de 3,70%, com a saca a R$ 14,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a cotação subiu 2,38%, com a saca a R$ 21,50.
Em Campinas (SP), o preço subiu 1,63% e a saca encerrou o dia a R$ 31,10. Na localidade de Castro (PR), a saca fechou a quinta-feira a R$ 29,50, com valorização de 1,72%.
O mercado permanece focado no desempenho das exportações brasileiras e também no maior interesse interno de venda. No acumulado do ano, as exportações somam 25,7 milhões de toneladas, contra as 33 milhões de toneladas projetadas para essa temporada.
Bolsa de Chicago
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Ao longo do pregão desta quinta-feira (7), as principais posições da commodity ampliaram as perdas e encerraram o dia com desvalorização de pouco mais de 1 ponto. O dezembro/17 finalizou a sessão a US$ 3,38 por bushel, enquanto o março/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel.
"O declínio registrado nos preços trigo pesaram nas cotações do milho, que atingiram o nível mais baixo desde o dia 29 de novembro", reportou a agência Reuters internacional. Por sua vez, os futuros do trigo caíram mais de 4 pontos nesta quinta-feira, pressionados pela perspectiva de uma grande safra no Canadá.
Paralelamente, as cotações do milho em Chicago ainda são pressionadas pela grande oferta mundial. Do mesmo modo, a lentidão nos embarques norte-americanos também contribuem para a pressão negativa.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 30 de novembro, as vendas de milho somaram 876,4 mil toneladas.
O volume ficou dentro das expectativas dos participantes do mercado, entre 800 mil a 1,2 milhão de toneladas. Embora a quantidade vendida no acumulado da temporada esteja próximo de 22.889,1 milhões de toneladas, contra as 37.577,8 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado.
Além disso, o comportamento do clima na América do Sul segue no radar dos participantes do mercado.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
0 comentário
Radar Investimentos: preços do cereal no mercado doméstico está pressionado
Milho deve representar 40% da margem do sistema soja/milho da safra 24/25
Alta do dólar ajuda e maioria dos preços do milho fecham 4ªfeira com pequenos ganhos na B3
Produtividade média do milho inverno 2024 do Getap cresceu ante 2023, ao contrário da média geral brasileira
Produtividade de 230,9 sc/ha garante título de sequeiro do Getap 2024 para Campos de Júlio/MT
Com 234,8 sc/ha, vencedor do Getap 24 irrigado vem de Paracatu/MG