Para competir em igualdade com países vizinhos, Bolívia luta para utilizar sementes geneticamente modificadas
Os produtores rurais do departamento de Santa Cruz, na Bolívia, reiteraram o pedido para que fizessem uso de sementes geneticamente modificadas, visando competir diretamente com os países vizinhos.
Representantes de instituições de pequenos e grandes produtores pedem por essas sementes, principalmente, nos cultivos de soja, milho e algodão.
No país, os produtores não podem fazer uso desse tipo de semente, razão pela qual ocorrem problemas como a entrada de milho contrabandeado da Argentina na Bolívia.
Marcelo Pantoja, presidente da Associação de Produtores de Oleaginosas e Trigo (ANAPO), disse: "na Argentina estão produzindo 10 toneladas de milho por hectare e nós produzimos apenas 2 toneladas. O custo de produção de milho na Argentina é muito menor e, por isso, o contrabando nos afeta, já que nos prejudica nas intenções de plantio".
O presidente da ANAPO disse que as mesas técnicas com autoridades do Governo têm avançado no tema das sementes, confiando que, a curto prazo, o uso de sementes melhoradas possa fazer parte da realidade do país.
Contudo, o produtor Vicente Gutiérrez acredita que o tema está esquecido pelo Governo, que não tem interesse em abordá-lo por questões ideológicas. "Não estamos produzindo mais porque não há incentivo para melhorar as condições ao produtor", disse.
Tradução: Izadora Pimenta
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