FMI alerta para risco de retrocesso da política econômica na América Latina
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou na sexta-feira sobre a incerteza em torno da política na América Latina depois das eleições previstas para a reigão, já que México, Brasil, Chile e Paraguai se preparam para realizar eleições nacionais nos próximos meses.
O aviso foi incluído no relatório "América Latina e Caribe: Em movimento, mas em baixa velocidade", no qual o Fundo reiterou as projeções econômicas que já havia divulgado na terça-feira.
O relatório também aborda com mais detalhes os desafios para a região.
"Em particular, o risco de que se adotem agendas populistas e que se retroceda nos esforços de reformas e ajustes que estão em curso - que essas economias dificilmente poderiam custear-, poderia reduzir o otimismo e a incipiente recuperação econômica", disse o FMI.
No México, várias pesquisas mostram que o líder de esquerda André Manuel López Obrador lidera a corrida para a eleição presidencial de julho de 2018. O Partido revolucionário Institucional (PRI), do presidente Enrique Peña Nieto, ainda não elegeu um candidato.
No mês passado, López Obrador discordou de um comentário em que Peña Nieto o comparou com os líderes venezuelanos, Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Contudo, empresários ainda desconfiam de AMLO, como o candidato é popularmente conhecido, que já propôs revisar os contratos de petróleo do país caso seja eleito.
A perspectiva de reformas também está em questão no Brasil, já que o ex-presidente Luiz inácio Lula da silva, do Partido dos Tabalhadores (PT), lidera as pesquisas para a eleição presidencial de outubro de 2018, em contraste com o governo atual, muito impopular.
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