Produção de cacau do Brasil deve crescer em 2018, mas depende de chuva, diz associação
SÃO PAULO (Reuters) - A produção de cacau pelo Brasil deve ser "melhor" em 2018, superando as de 2016 e deste ano, mas um regime regular de chuvas até dezembro é necessário para que essa perspectiva se concretize, disse à Reuters o diretor executivo da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Eduardo Bastos.
Em 2016, o Brasil produziu cerca de 160 mil toneladas do produto e deve registrar algo um pouco maior neste ano, entre 165 mil e 170 mil toneladas, de acordo com cálculos da entidade, que considera os recebimentos da commodity.
Para 2018, "tudo indica que será melhor que 2016 e 2017, mas ainda (estamos) aguardando como ficarão as chuvas até dezembro", destacou o dirigente da AIPC, sem citar números.
"A recuperação econômica está vindo, e o consumo de chocolate acompanha PIB (Produto Interno Bruto). Então devemos ter um 2018 melhor em tudo", acrescentou.
Embora seja importante na produção global de cacau, o Brasil tem sido um importador líquido da commodity, pois a demanda interna é maior do que a safra.
"Precisamos de 60 mil toneladas (de cacau importado neste ano) e, por isso, já temos uma última carga contratada para 2017, de 15 mil toneladas", afirmou Bastos, lembrando que o país já comprou no exterior neste ano cerca de 45 mil toneladas da matéria-prima do chocolate.
O setor brasileiro conta atualmente apenas com importações de cacau vindo de Gana para ajudar no atendimento à demanda, segundo a AIPC.
MOAGEM
A AIPC estima que a indústria brasileira deve encerrar 2017 com números de moagem de cacau próximos aos do ano passado, totalizando 220 mil toneladas.
No primeiro semestre, a indústria processou 113 mil toneladas da amêndoa. O recebimento de cacau nacional no período foi de 59,5 mil toneladas, enquanto os recebimentos no fechado do ano devem ficar próximos de 160 mil toneladas.
(Por José Roberto Gomes)
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