Produtores de café robusta em Rondônia buscam melhoria da qualidade e agregação de valor
Em termos de avanços na melhoria do café, Rondônia está se superando a cada dia para aumentar a qualidade e diferenciação do café robusta produzido na região, o que gera impacto positivo tanto no volume, quanto no valor agregado do grão. Nos últimos seis anos a produtividade média do robusta no estado mais que dobrou, passando de 9,3 sacas para 21 sacas de 60kg por hectare em 2017. Rondônia está inovando especialmente na adoção de tecnologias de pós-colheita, com objetivo de obter mais rentabilidade e competitividade, além de aumentar as possibilidades de destinar o produto final ao mercado nacional e internacional, em sintonia com a tendência mundial de consumir cada vez mais cafés diferenciados e de melhor qualidade.
Para contribuir com a divulgação dos avanços da cafeicultura no Estado, a revista Cafés de Rondônia traz como tema O mundo do café na Amazônia (Edição N°2/Setembro de 2017). A publicação destaca que Rondônia se consolida como o maior produtor de café da Região Norte, quinto maior do Brasil e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta) no País. E que, para ampliar e consolidar sua inserção no mercado de café, investe na capacitação e qualificação do produtor em trabalho conjunto da Embrapa Rondônia e Emater-RO, as quais têm recomendado a adoção de novas tecnologias, assim como, boas práticas agrícolas e de gestão das lavouras cafeeiras aos produtores do Estado. Nesse contexto de novas tecnologias, a pesquisa cafeeira está modificando o adensamento e o espaçamento de plantas nas lavouras, e técnicas de condução para viabilizar a colheita semimecanizada, por exemplo. O benefício atingido tem sido uma expressiva redução de custos e aumento da uniformidade na maturação dos frutos.
Assim, a revista Cafés de Rondônia foi produzida pela Embrapa Rondônia como parte de um projeto desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE em parceria com Governo do Estado de Rondônia, por meio da Superintendência de Desenvolvimento – Suder e Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri, o qual visa incrementar as áreas ligadas à cadeia produtiva do café. A institucionalização dessa parceria de diferentes esferas de governo tem trazido muitos benefícios diretos ao setor. Desse arranjo institucional destaca-se o programa de pesquisa da Embrapa Rondônia, que tem como foco o desenvolvimento de novas cultivares e híbridos de conilon e robusta com elevado potencial produtivo, e, também, a assistência técnica da Emater, que capacita cafeicultores em tecnologias adaptadas de outros biomas, com o objetivo de promover eficiência, qualidade, viabilidade econômica e social.
Essa edição (N°2/Setembro de 2017), que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, traz artigos em 8 seções que versam sobre os seguintes temas: HISTÓRIA – Uma história sobre a história do café em Rondônia; CENÁRIOS – Muda o estado, muda o status; ENTREVISTA – Rondônia, um Estado de oportunidades; AÇÕES DE INCENTIVO – Café de Rondônia: ampliar, especializar e agregar valor; SUSTENTABILIDADE – Sustentabilidade do café, Rondônia mostra o caminho; ESPECIAL – Mulheres do café em Rondônia; PESQUISA – Rondônia avança na cafeicultura e aposta na colheita semimecanizada; e QUALIDADE – Mais sabor, por favor.
O Observatório do Café, nesse contexto de artigos em 8 seções da Revista, para fins desta divulgação, destaca dois artigos da publicação Cafés de Rondônia (Edição N°2/Setembro de 2017), a saber: Melhoramento genético - trabalhando o que Rondônia tem de melhor (de autoria do pesquisador Alexsandro Lara Teixeira); e Rondônia avança na cafeicultura e aposta na colheita semimecanizada (do pesquisador Enrique Alves), ambos da Embrapa Rondônia. Sucintamente tais artigos salientam que:
O artigo Melhoramento genético: trabalhando o que Rondônia tem de melhor destaca que a cafeicultura do estado tem passado por transformações positivas, pois na última década a produtividade cresceu quase 100%, com redução de 43% da área plantada (Companhia Nacional de Abastecimento – Conab). E, ainda, que o aumento da eficiência tem gerado novos desafios aos 22 mil cafeicultores familiares do estado. E também que os atributos positivos de Rondônia para a cultura do café são a tradição do produtor e o material genético diferenciado, como a introdução de novos clones híbridos de robusta e conilon nas lavouras, que têm alto potencial produtivo e proporcionam melhor qualidade da bebida.
O outro artigo em destaque, Rondônia avança na cafeicultura e aposta na colheita semimecanizada, demonstra que o processo de semimecanização da colheita, do ponto de vista do ganho econômico, cujas vantagens são evidentes, em função da tecnologia empregada na colheita semimecanizada, diminui o custo dos produtores em até 70% em relação ao custo da mão de obra tradicionalmente utilizada no Estado. Segundo ainda a matéria, a evolução dessa tecnologia vai além das vantagens do custo de produção, pois ela gera melhoria da eficiência do processo produtivo, da qualidade do produto, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida no campo e sustentabilidade do setor.
Para ler na íntegra a Revista Cafés de Rondônia - O mundo do café na Amazônia, acesse o link: https://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/revistacafesrondonian2.pdf
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