Com possibilidade de La Niña, produtor deve ser cauteloso nesta safra
A partir do próximo dia 10 de setembro, o plantio da safra de verão 2017/18 estará liberado no Paraná. Esta situação gera um dilema para os produtores do estado, já que informações dão conta de uma possibilidade de ocorrência do La Niña, que poderia implicar em um período de longa estiagem para o estado e em uma repetição das tragédias de safras anteriores sob incidência do fenômeno.
José Eduardo Sismeiro, presidente da Aprosoja-PR, destaca que os produtores que receberam chuvas recentemente aproveitaram o período para dessecar suas lavouras e se preparar para um novo plantio. Para ele, este será um ano complicado e arriscado, no qual cada produtor deve procurar uma melhor estratégia a ser traçada.
A lavoura de Sismeiro, no oeste do Paraná, já está dessecada. Ele conta que, se as chuvas previstas para o dia 17 de setembro se fizerem presentes, ele irá "arriscar e plantar". Para a região central do estado, que planta mais tarde, ele aconselha a realização da aplicação em sequencial nas próximas chuvas, para plantar em uma chuva posterior.
O presidente pede muita atenção, já que o clima pode trazer muitos problemas neste ano. O milho não está sendo rentável, assim, ele recomenda a realização de uma boa safra de soja, mas sem esperança de plantar milho. Em sua própria estratégia, ele irá plantar milho safrinha apenas se possuir garantia de preço. Caso contrário, Sismeiro irá aproveitar para corrigir o perfil de solo, com uma planta de cobertura como a aveia.
No estado, como ele relata, há produtores antecipando bastante a soja para fazer o milho safrinha e há, até mesmo, situações de três safras, com soja, milho e trigo.
No que tange à comercialização, Sismeiro aconselha àqueles produtores que possuem condições a segurarem a soja neste momento para vender mais a frente. O consumo deve continuar aumentando e, caso a possibilidade do La Niña se torne concreta, haverá problema climático não apenas no Brasil, mas também no Paraguai e na Argentina, fator que pode mexer com os preços.
A presença do La Niña depende da permanência ou não de um resfriamento no Oceano Pacífico nas proximidades do Peru e Equador. Como se trata de uma previsão climática, a situação pode mudar a qualquer momento. Entretanto, os produtores devem se preparar para tomar uma decisão, apostar nela e torcer para que dê certo, como lembra o presidente.
0 comentário
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira
Bunge alcança monitoramento de 100% da cadeia indireta de soja em áreas prioritárias no Brasil
Soja volta a subir na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira, se ajustando após queda da sessão anterior
Complexo Soja: Óleo despenca mais de 3% na Bolsa de Chicago nesta 4ª e pesa sobre preços do grão
Óleo intensifica perdas em Chicago, cai quase 3% e soja vai na esteira da baixa nesta 4ª feira