Riscos de perdas severas nas lavouras americanas estão praticamente descartados , mas safra ainda não está consolidada

Publicado em 28/08/2017 18:30
Confira a entrevista com Camilo Motter - Granoeste Corretora de Cereais
Melhor momento para os preços da soja ficou para trás e com entrada da safra americana fica mais difícil contar com patamares mais elevados para as cotações

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O analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, aponta que, durante o dia, o mercado da soja apresentou volatilidade na Bolsa de Chicago (CBOT), com alguns bons momentos. Um ponto de estabilidade foi encontrado e, agora, embora alguns estados norte-americanos ainda enfrentem problemas climáticos, estes não são tão graves a ponto de afetar a oferta. Ele lembra que o Monitor da Seca (Drought Monitor) do ano passado apresentava focos de estiagem para os mesmos locais - e, mesmo assim, os Estados Unidos obtiveram uma safra recorde.

De maneira geral, há uma redução do sentimento de que algo mais grave poderia acontecer com as lavouras. A questão climática está sob controle, enquanto o tour Farm Journal Midwest Crop Tour, realizado na semana passada, avaliou que os números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) "têm razão em alguns aspectos" - um quadro bastante parecido para o milho também.

Ainda há três a quatro semanas para a definição final da safra dos Estados Unidos, o que ainda gera uma incógnita do que poderá acontecer daqui em diante. Apenas fatores novos como uma mudança climática, o comportamento da demanda chinesa na virada de temporada e a situação da indústria chinesa seriam capazes de trazer reviravoltas ao mercado.

Para o Furacão Harvey, que atingiu o sul dos Estados Unidos, "cabe algum monitoramento", mas os mercados em baixa já indicam que soja e milho não terão grande influência do fenômeno. Para o algodão, que é o cultivo dominante na região, altas foram registradas na Bolsa de Nova York.

No Brasil, a comercialização está cerca de 10% a 15% atrasada em relação à média dos últimos anos. O clima na América do Sul deve definir os preços daqui em diante, bem como a entrada de dólar no país pode pressionar o câmbio. Com isso, o melhor momento em Chicago e no mercado interno já parece ter ficado para trás.

 

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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