Pesquisa foca em produtividade e manejo para melhorar desempenho do feijão caupi no campo
Francisco Rodrigues Freire Filho, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, conta um pouco sobre o feijão caupi, que vem ganhando preferência no mercado internacional. O feijão caupi é de origem Africana, veio ao Brasil e se expandiu pelo Estado da Bahia e depois para o restante nordeste e norte do país. Nos últimos anos a produção se concentrou na região, devido a origem tropical e o feijão se adaptou muito ao clima mais seco e também mais úmido.
A cultivar tolera regiões com estresse hídrico, bem mais tolerante a temperaturas elevadas e produz em solos de fertilidade média. Além de ter um paladar agradável.É bom para a produção em regiões que não são cerrado de agricultura familiar e também de regiões pouco tecnificadas.
Com um grande potencial, o caupi possui uma qualidade nutricional, 20% de proteína e 60% de carboidrato.
A Embrapa tem desenvolvido um trabalho com o feijão, que possui um alto teor de ferro e zinco. A linha de pesquisa agora caminha para a produtividade e na melhoria da qualidade nutrional. O analista opina que o trabalho é para ofertar diferentes tipos de grãos no mercado, já que a espécie tem uma variedade extensa: cor preta, verde, creme, rajado e vermelho, além de ter a possibilidade de colocar outros tipos.
Uma variedade da Embrapa O BRS IMPONENTE, desenvolvida recentemente, possui um ciclo precoce, semi ereta, com grãos brancos, extra grandes. Esse material produtivo se adequa muito bem ao cultivo de safrinha. Com ciclo de 65/75 dias.
A Embrapa se esforça pra obter grãos de tamanho grande e extra grande. Sendo que 20 a 30 gramas é considerada grande e acima de 30 extra grande. Já que o mercado externo da preferência para leguminosas extra grandes.
A produtividade do Imponente é de 20/30 sacas por hectare. Em relação ao custo que ele alcança, tem uma estimativa R$ 800 por hectare.
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