Brasil deve importar mais de 7 mi t de trigo; Argentina pode ser principal provedor
Um boletim da corretora Zeni descreveu como se encontra a safra de trigo no Brasil. Segundo o trabalho, o plantio de trigo transita pela etapa final no Paraná, com 977.800 hectares a serem plantados no total, 10% abaixo da superfície plantada na safra anterior.
"Os produtores reduziram o plantio diante de menores preços e um começo de safra chuvoso e com interrupções climáticas. Uma porção de lotes já implantados também sofreu danos notórios com as geadas e nevascas registradas em julho", aponta o boletim.
O Rio Grande do Sul havia previsto um plantio de 699.200 hectares, com uma redução de 10% da safra 2016/17. Em Minas Gerais, foram 84.700 hectares - um aumento de área em relação ao ano passado.
De acordo com a Zeni, a redução de área e um clima que não é ideal no momento antecipam um retrocesso na colheita. A corretora estima que o Brasil colha 5,58 milhões de toneladas, contra 6,73 milhões de toneladas no ano passado. Por outro lado, o consumo estimado está em 11,69 milhões de toneladas, 3,3% a mais do que na temporada anterior.
"A combinação eleva a necessidade de recorrer a importações para cubrir a brecha. As compras externas podem superar as 7 milhões de toneladas", salienta a Zeni.
Argentina
A Argentina é o principal país provedor de trigo para o Brasil. Para a safra 2017/18, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) estima um aumento da superfície plantada com o cereal em 5,9%, resultando em uma área de 5,4 milhões de hectares.
A Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) calculou que, em todo o ano, serão exportadas 11 milhões de toneladas da safra passada. Até agora, foram 9 milhões de toneladas.
Tradução: Izadora Pimenta
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