Produtores evitam vendas para não perder dinheiro e especuladores aumentam suas apostam no feijão
O mercado do feijão está pressionado, sobretudo por parte dos compradores, que oferecem preços mais baixos apostando em uma grande safra na Bahia. Marcelo Lüders, presidente do IBRAFE, destaca que os produtores entendem que, neste momento, "é melhor ter o feijão do que o dinheiro no banco", uma vez que os custos giram em torno de R$120.
Ele comenta que, para a safra da Bahia ter êxito, algumas condições devem ser cumpridas e, uma delas, é o clima. Para a próxima semana, estão previstas chuvas, que podem ocasionar algumas perdas em áreas do estado. Por outro lado, esse feijão só entra no mercado no final de agosto e em setembro - assim, a participação não deveria fazer diferença neste momento.
A previsão de chuvas poderia prejudicar tanto a colheita quanto a ponta que está no campo neste momento, ocasionando em problemas de qualidade e possibilidade para doenças. O Mato Grosso, que também vem com uma área de certa expressão, também não deve abastecer o mercado neste mês. "A informação ainda é muito vaga. Por isso, não faz sentido diminuir o preço do feijão", diz.
Os associados do IBRAFE devem realizar uma expedição durante 10 dias nas lavouras da Bahia para levantar a real possibilidade de o estado produzir 5 milhões de sacas.
Lüders lembra que, se o mercado ficar lento entre 4 a 5 dias, os compradores entram procurando produto, por conta da demanda que existe pelo consumo. Como alerta o presidente, os preços não poderiam estar abaixo de R$130 a R$150 neste momento, tendo em vista o custo de produção e a questão da oferta em relação à demanda. Assim, ele aconselha os produtores da seguinte maneira: "se você vai vender com prejuízo, espere".
Para conferir o Preço Nacional do Feijão, acesse: www.noticiasagricolas.com.br/feijao
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