Mercado do milho segue travado, sem liquidez no mercado interno e com preço para exportação achatado pelo dólar
Maurílio Marcondes Larios, da Ouro Investimentos, destaca que a grande oferta do milho se faz presente no mercado e não está encontrando liquidez, tornando a comercialização cada vez mais difícil.
Meses atrás, a Bolsa de Chicago vinha apontando para preços mais expressivos por conta de uma possível quebra de safra nos Estados Unidos. Agora, os norte-americanos trazem uma perspectiva mais otimista, ao mesmo tempo em que a produção brasileira também promete ser bastante expressiva. Os produtores que aproveitaram as altas conseguiram realizar negócios em torno de R$17 a R$18,50 na região de Rondonópolis (MT).
Hoje, os preços giram em torno de R$15,50 a R$16, o que não gera interesse de venda por parte dos produtores, que trabalhariam no vermelho com estes valores, ainda que a produção do estado tenha uma média de 100 a 105 sacas por hectare. Por outro lado, o estado planta o milho praticamente todo vendido, de forma que 70% da produção já foi comercializada. Dentro de 10 dias o Mato Grosso deverá ter mais de 90% da área colhida.
Ele faz uma comparação com o estado do Paraná, onde o índice de comercialização é de apenas 20%, com 45% a 50% da área colhida e destaca ainda a paridade na região de Campinas, que é de R$23,50 (preço Cepea: R$25,30), um exemplo de que a exportação não seria o melhor caminho para o momento. Pela bolsa, os preços giram em torno de R$25,75, mas o analista aposta em uma queda para os próximos dias.
Por meio dos leilões da Conab, alguns produtores conseguiram se capitalizar e obter liquidez para o seu negócio. Entretanto, este milho que foi vendido ficará estocado e armazenado.
Ele também lembra que a alta do frete vem empatando a alta do milho e viabilizando alguns negócios. Para o analista, conforme o frete volte aos seus níveis normais, a venda do milho para as pontas compradoras será facilitada.
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