Diante dos preços mais baixos, negócios com a safrinha de milho seguem lentos no Piauí
Altair Fianco, presidente da Aprosoja Piauí, conta que a produção de milho safrinha no estado ocupou 44 mil hectares e apresentou resultados melhores neste ano, apesar das chuvas ao final. A média ficou em torno de 60 sacas por hectare, uma produtividade que não é alta, mas oferece retorno aos produtores por conta de menores investimentos nesta cultura.
O que está sendo negativo, segundo Fianco, é o preço do milho, em decorrência das altas produtividades no país. "Mas é melhor ter para vender do que não ter nada, como no ano passado", diz. A referência gira em torno de R$25 a saca, mas o mercado está pagando, em grande parte, em torno de R$22 a R$23.
Neste momento, os produtores priorizam a venda da soja para segurar um pouco o milho "até onde houver fôlego". Para a safra nova, a soja está sendo negociada entre R$67 a R$68. Os investimentos para 2017/18 também caminham normalmente.
Para realizar a cobertura para o plantio direto, alguns produtores optaram pelo milheto. Como houve uma produtividade razoável, o plantio, que não era comercial, acabou tendo uma certa procura.
O presidente destaca que, na produção de ovos, a alimentação com milheto aumenta em 7% a postura, com um custo 25% menor do que o milho. Assim, há uma possibilidade de a próxima safrinha possuir mais investimentos no milheto do que no milho.
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