Soja realiza lucros e fecha em queda na CBOT com previsões climáticas para os EUA divergindo
O avanço observado no início da sessão desta terça-feira (25) entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago foi se desfazendo e os preços fecharam o dia em campo negativo, com baixas de dois dígitos.
Assim, mais uma vez, as cotações perderam o patamar dos US$ 10,00 por bushel, com o novembro/17 - referência para a safra americana e o contrato mais negociado agora - de volta à casa dos US$ 9,90 por bushel.
Segundo explica a analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea Cordeiro, as novas divergências que voltam a aparecer nos mapas climáticos atualizados para os Estados Unidos acabam por tirar parte da direção do mercado, deixando os fundos confusos neste momento de ápice do mercado climático.
Como mostram as informações apuradas pela empresa, o modelo americano segue indicando muitas chuvas para o Corn Belt nos próximos dias, ao mesmo tempo em que o europeu atualizou seu material mostrando um novo 'vazio' de chuvas. "Há uma incrível dualidade entre os dois modelos, de temperaturas e chuvas", diz.
Nos mapas atualizados pelo NOAA, o serviço oficial de clima do governo dos EUA, as chuvas nos próximos 6 a 10 dias seguem se mostrando abaixo da média para esse período, enquanto as temperaturas devem ficar abaixo do normal, ligeiramente mais amenas.
Chuvas previstas para os próximos 6 a 10 dias nos EUA ainda abaixo da média - Fonte: NOAA
Previsão de temperaturas nos próximos 6 a 10 dias nos EUA ainda abaixo da média - Fonte: NOAA
"Agora, resta saber como os fundos processarão essa divergência da previsão de chuvas e temperaturas", explica Andrea.
E essa volatilidade e falta de uma direção bem definida para o andamento das cotações ainda deverá ser observada por um tempo considerável, já que agosto é o mês mais importante para a cultura da soja nos Estados Unidos.
"A soja ainda tem muito mercado climático pela frente, mas a habilidade para lidar com isso será a chave para os preços. Na outra ponta, os amplos estoques globais da oleaginosa continuam atuando como uma âncora para os preços, limitando os ganhos trazidos pela movimentação dos fundos neste momento", diz o analista sênior de grãos do portal Farm Futures, Bryce Knorr.
Essa "habilidade" do mercado passa pela divergência entre os mapas climáticos chegando no dia seguinte em que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz, em seu reporte semanal de acompanhamento de safras, uma redução de 4 pontos percentuais no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições no país depois de um final de semana de chuvas consideráveis no Corn Belt.
No Brasil
No Brasil, os preços foram motivados, em algumas praças de comercialização, pela leve alta do dólar - com a moeda chegando a R$ 3,16 - levando as referências ao intervalo de R$ 51,00 a R$ 70,00 por saca.
Já nos portos, as cotações em Paranaguá sentiram a pressão das baixas em Chicago foi mais intensa, com o recuo de 1,37% tanto no disponível, quanto para a safra futura, e fechamento nos R$ 72,00 por saca em ambos os casos. Já em Rio Grande, estabilidade em, respectivamente, R$ 73,00 e R$ 76,00 por saca.
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SERGIO BOFF São João - PR
O governo brasileiro, ao invés de mostrar o potencial das culturas brasileiras e brigar pelos nossos agricultores que são o sustento de país, fica comprando deputados para comprovar sua inocência... e sabe que nunca vai conseguir ter popularidade dos eleitores... nosso ministro da Agricultura também não mede esforços para sequer enviar pessoas de capacidade e contrariar os americanos que infelizmente o tempo não está ajudando as lavouras produtivas naquela região... e eles querem baixar os preços do soja o principal produto comercializado pelas China para lucrar nas costas desses agricultores sem prestígio.