Milho: Com baixo interesse, leilão de Pepro negocia apenas 12,31% e Pep 5,06%

Publicado em 13/07/2017 13:01
Novamente, lotes de Mato Grosso do Sul e Goiás não despertam interesse

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou nesta quinta-feira (13) mais duas operações de apoio à comercialização do milho. No caso do leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), o volume negociado foi de 108,36 mil toneladas, o equivalente a 12,31% do total ofertado, de 880 mil toneladas do cereal.

Nesta operação, o lote mais negociado foi o da região nordeste de Mato Grosso. A oferta foi de 48 mil toneladas e a quantidade arrematada foi de 23,70 mil toneladas, cerca de 49,38%. Em Goiás, não houve negociação e o volume ofertado foi de 200 mil toneladas. Diante da baixa procura, os prêmios iniciais foram mantidos.

O leilão é destinado aos produtores que deverão comprovar a venda de do milho para avicultores, suinocultores, bovinocultores, ovinocaprinocultores, piscicultores, indústrias de ração ou de alimentação humana e comerciantes, com escoamento para os destinos especificados no edital.

Leilão de Pepro - Conab 13 de julho

Pep

No caso do leilão de Pep (Prêmio de Escoamento de Produto), a oferta foi de 320 mil toneladas de milho entre lotes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O volume negociado foi ainda mais baixo, de apenas 5,06%, e a sobra foi de 303,81 mil toneladas.

O lote 1, do norte de Mato Grosso, foi o mais negociado, com 13,89% do total ofertado, de 36 mil toneladas, arrematado. O lote 4, do nordeste de Mato Grosso e o 6, de Goiás, não foram negociados. Assim como na operação anterior, os prêmios permaneceram inalterados.

Leilão de Pep - Conab 13 de julho

Na última operação, realizada no dia 6 de julho, os lotes de Goiás e Mato Grosso do Sul já haviam gerado pouco interesse aos participantes dos leilões. Em recente entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael destacou que no caso do estado goiano, o prêmio foi de apenas R$ 0,48 por saca. "E temos os custos de corretagem e com documentação, então esse foi um fator de desinteresse", diz.

O analista ainda completa que "os prêmios propostos aos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso estão aquém da demanda geral do mercado. Com isso, acompanhamos a baixa demanda no último leilão, com apenas 38% do Pep negociado e 33% do Pepro. O governo está mandando prêmios muito ajustados às necessidades dos produtores".

Além disso, o especialista reforça que no total, a perspectiva é que sejam negociadas ao redor de 9 milhões de toneladas de milho com as operações do Governo. "É um volume pequeno perto do tamanho da safra e para o problema de excedente que temos", afirma Rafael. Ainda essa semana, a Conab estimou a produção brasileira total em 96,02 milhões de toneladas. Somente na safrinha deverão ser colhidas 65,62 milhões de toneladas.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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