Ministro da Fazenda da Argentina se posiciona contra "retenciones", mas não deixa claro se irá eliminá-las
O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, não quis dar pistas a respeito da eliminação dos impostos sobre a exportação de produção agrícola, as chamadas "retenciones", estar inclusa em uma reforma que vem sendo trabalhada por sua pasta.
Em dezembro de 2015, logo depois de assumir o governo, o presidente Maurício Macri retirou as retenciones do trigo, do milho, da carne, do girassol, entre outros produtos. No entanto, para a soja, elas foram reduzidas de 35% para 30%. Em janeiro de 2018, terá início uma queda mensal de 0,5% até 2015. Assim, quando Macri cumprir seu mandato, essa taxa estará em 18%, acima dos 15% estimados pelo programa de campanha presidencial.
Vale recordar que, no ano passado, o Governo postergou uma queda de 5% dos direitos de exportação e, em troca, colocou a medida da eliminação dos 0,5% mensais.
Nesta manhã, Dujovne participou de um evento sobre commodities organizado pela Financial Times, quando David Lacroze, diretor da Sociedade Rural Argentina (SRA), durante um espaço para consultas, perguntou ao ministro a respeito das retenciones. Dujovne respondeu: "Todos os impostos à exportação nos parecem péssimos impostos". Contudo, quando Lacroze questionou sobre a eliminação das retenciones, o ministro disse que não poderia adiantar o assunto.
Em seu discurso, o ministro disse que o projeto de lei de reforma tributária que será buscado pelo país deve ser "mais parecido" com aqueles dos países que possuem êxitos em termos de crescimento.
Tradução: Izadora Pimenta
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