Maia deve receber proposta de rito para denúncia contra Temer entre quarta e quinta-feira

Publicado em 28/06/2017 07:11

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou a integrantes da oposição em reunião nesta terça-feira que deve receber da Secretaria-Geral da Mesa entre quarta e quinta-feira uma sugestão de rito para a denúncia oferecida na véspera contra o presidente Michel Temer, informaram participantes do encontro.

Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e outros parlamentares que conversaram com o presidente da Câmara, Maia teria se comprometido em discutir o rito com a oposição e ainda prometido não anexar eventuais novas denúncias a serem oferecidas contra o presidente, desde que tenham méritos diferentes.

“O presidente Rodrigo Maia disse com todas as letras que cada uma terá uma tramitação própria, não terá apensamento”, disse Alencar.

“Isso foi garantido pelo presidente Rodrigo Maia”, disse o deputado, diante do chamado “fatiamento” das denúncias que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve oferecer contra Temer.

“Maia assumiu o compromisso de dialogar com os diversos partidos da oposição”, disse o líder do PSOL, Glauber Braga (RJ).

Maia não se comprometeu, no entanto, com outras demandas da oposição, que pediu que a tramitação da denúncia contra Temer guarde uma “simetria” com o rito do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A oposição pediu, por exemplo, que a votação da denúncia em plenário ocorra num domingo, como no caso da ex-presidente, que haja chamada nominal de cada deputado –inclusive dos ausentes, uma forma de constranger os que não queiram se posicionar– e a transmissão ao vivo pela TV Câmara. Segundo relatos de participantes da reunião, Maia já avisou que “tem dificuldade” em realizar a votação durante o fim de semana.

A proposta de tramitação a ser entregue pela Secretaria-Geral pode balizar o rito da denúncia a ser definido pelo presidente da Câmara.

Os deputados da oposição pediram ainda que o recesso parlamentar, com início previsto para o dia 18 de julho, não seja cancelado. Maia e outros governistas consideram a hipótese de não interromper os trabalhos do Legislativo para garantir que a denúncia seja rapidamente votada e o assunto se encerre para evitar um desgaste maior.

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Fonte:
Reuters

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