Soja: Novembro em ligeira recuperação técnica nesta sexta. Mapas climáticos derrubaram o mercado na quinta
O contrato futuro de soja novembro/17 trabalha com alta de 4,5 cents/bushel, estando cotado neste momento (06:10 da manhã no Brasil) em US$ 914,25 cents/bushel. O movimento até agora é de 9 mil contratos negociados, ou seja, de razoável para bom.
O mercado de soja está tentanto fazer uma tímida recuperação técnica nesta madrugada, depois do touro (simbolo dos altistas) ter sido literalmente espancado pelo urso (símbolo dos baixistas) ontem. Traders do mercado brincam dizendo que o touro está na lona, enquanto o urso resolveu pegar uma pausa para tomar um cafézinho.
Houve uma grande conjunção de fatores baixistas e não apareceu um único para dar suporte nos preços, quais sejam: 1) mapas climáticas trouxeram chuvas. Chuvas gordas e copiosas. Pelo norte, vem uma massa de umidade trazendo precipitações para o meio-oeste americano. Pelo sul e sudeste, vem a tempestade tropical Cindy, também trazendo bastante chuva. Se essas chuvas se confirmarem, elas podem prover umidade do solo para que as lavouras aguentem um bom tempo para resistirem até o período crítico da soja, que é entre meados de julho e meados de agosto; 2) Exportações semanais “fracas”, de apenas 110 mil toneladas. Na verdade, não são fracas. Historicamente estão dentro da média para o período. Mas é que o mercado estava esperando entre 200 e 400 mil tons, e isso surpreendeu os operadores. E isso pode significar um arrefecimento das compras asiáticas nos EUA; 3) Dólar em alta no Brasil, quando chegou a R$ 3,35 em alguns momentos. Quando o dolar sobe em relação ao real brasileiro, a soja brasileira fica mais competitiva e obriga uma revisão dos preços da soja, em dólar, na Bolsa de Chicago.
Mas o que pesou mesmo foi o clima. Se as exportações semanais viessem boas ou muito boas, e juntamente com isso, se o real valorizasse em relação ao dólar, talvez a queda não fosse tão grande, mas seria um dia de queda com certeza.
Graficamente, a soja novembro/17, que brigou durante 4 dias para tentar romper a resistência do canal de baixa, acabou despencando em apenas 3 dias para chegar ao suporte desse mesmo canal. Ou seja, a tendência geral ainda é de baixa, graficamente falando, e terá que haver algum tipo de fato novo no mercado (principalmente clima), nas próximas semanas, para que isso mude.
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