Palocci concluirá o mosaico que desenha o rosto do chefão, por Augusto Nunes

Publicado em 01/06/2017 11:56
A derrocada de Temer dinamitou a conversa fiada segundo a qual a Lava Jato foi tramada exclusivamente para destruir Lula e o PT

Os devotos da seita que tem em Lula seu único Deus festejaram a delação de Joesley Batista, e a consequente derrocada de Michel Temer, com a euforia insensata típica de portadores de cérebros danificados pelo fanatismo. Ainda não descobriram que a presença de Temer entre os alvos prioritários da Lava Jato dinamitou a conversa fiada repetida a cada discurseira do palanque ambulante: a ofensiva anticorrupção desencadeada pela Justiça Federal de Curitiba não passa de uma trama concebida exclusivamente para destroçar o patrimônio eleitoral de Lula e desmoralizar o PT.

Sem álibis e sem saída, afundado até o pescoço no pântano infestado de larápios, o ex-presidente acaba de saber que o cerco está prestes a fechar-se: a delação premiada de Antonio Palocci fornecerá as peças que completam o mosaico que desenha, com chocante nitidez, o rosto e a alma do chefão do bando criminoso. Se alegar num tribunal que também não conhece Palocci, Lula só reforçará a suspeita de que, para escapar da cadeia, resolveu percorrer a rota que leva a uma clínica especializada em senilidade precoce.

Temer critica Fachin por ‘apressar’ o caso JBS, por Josias de Souza

No Blog do Josias, no UOL

Michel Temer revela-se em diálogos privados incomodado com o ritmo de toque de caixa que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, imprimiu ao caso das delações da JBS. Relator da Lava Jato, Fachin indeferiu todos os pedidos da defesa de Temer. Autorizou a Polícia Federal a interrogar o presidente por escrito. E ainda fixou prazo de escassos dez dias para a conclusão do inquérito.

Suspeita-se no Planalto que a origem da pressa é o desejo do procurador-geral da República Rodrigo Janot de denunciar Temer pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e formação de organização criminosa.

De acordo com um de seus auxiliares, Temer considera-se vítima de abuso de autoridade. Sustenta que Janot, cujo mandato expira em setembro, construiu o inquérito a partir de uma gravação “adulterada”, feita por um delator superpremiado, o empresário Joesley Batista, da JBS. E reclama do fato de Fachin não ter compartilhado nenhuma de suas decisões com os outros dez ministros que integram o plenário do Supremo (saiba mais aqui e aqui). Ecoando Temer, seu assessor disse ao blog: “Não é que eles tenham perdido o respeito pelo presidente, o problema é que não respeitam nem a institucionalidade que deveria permear o processo.”

Leia a notícia na íntegra no blog do Josias, no UOL

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