CNC acredita que o Brasil permanece reduzindo estoques para honrar exportação e consumo
Publicado em 19/05/2017 10:52
BALANÇO SEMANAL — 15 a 19/05/2017
SAFRA 2017 — Na quinta-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o resultado de seu segundo levantamento para a safra 2017 de café no Brasil, apontando que serão colhidas 45,563 milhões de sacas de 60 kg. Do volume total, que implica queda de 11,3% ante 2016, 35,427 milhões de sacas se referem à variedade arábica e 10,136 milhões à conilon.
O CNC entende que a estimativa de uma safra menor reflete a bienalidade negativa das lavouras de arábica neste ano e vem ao encontro do cenário que temos apresentado de que os estoques de passagem do País caminham para seus menores níveis históricos, com a mínima podendo ser registrada em 2018.
Faz-se necessário, entretanto, afirmar que os volumes de oferta (produção + estoques) são suficientes para atenderem à demanda de consumo e exportação, com o Brasil mantendo sua fidelidade de principal fornecedor mundial de café.
Em meio a esse cenário, reiteramos a necessidade do produtor estar atento aos movimentos do mercado, fazendo a tomada de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para, ao longo dos 12 meses da safra, aproveitar as melhores oportunidades de preço e realizar vendas quando as cotações forem satisfatórias para cobrir seus custos e gerar rentabilidade.
CRIANÇA DO CAFÉ NA ESCOLA — Ciente de que o Brasil é o país mais sustentável na produção de café mundial, sendo exemplar na preservação do meio ambiente e na geração de milhões de empregos, fiscalizando e combatendo práticas intoleráveis de trabalho, vimos com muita surpresa e aversão a iniciativa do Museu do Café em realizar uma exposição sobre a perspectiva histórica do trabalho infantil nos séculos XX e XXI.
Diante das discussões sobre a Reforma Trabalhista no Brasil, com o intuito de alcançarmos um cenário de segurança jurídica para empregados e empregadores, sem extrair os benefícios da classe trabalhista, sem onerar de forma desequilibrada os contratantes e, principalmente, sem permitir atividade laboral de crianças, causa repulsa o fato de o anúncio da mostra propagar que a “mão de obra infantil (...) ainda é uma prática muito comum”.
A cadeia café, por meio da sinergia entre seus segmentos, combate com veemência a prática de trabalho exploratório de crianças e adolescentes, fato que possibilita que esse cenário praticamente inexista no País atualmente. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), por exemplo, realiza o programa “Criança do Café na Escola”, que contribui com a melhora da qualidade de ensino, colaborando, consequentemente, com a diminuição do êxodo rural e a fixação do homem no campo.
O CNC enaltece o trabalho do Cecafé nesse projeto e entende que o objetivo de inserir escolas de comunidades cafeeiras no mundo digital é essencial por permitir que um grande número de crianças da zona rural tenha as mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento das crianças dos grandes centros urbanos.
Nesse projeto, o público atendido envolve jovens e crianças de escolas públicas dos ensinos infantil, fundamental e médio de comunidades cafeeiras e, em alguns casos, os próprios professores. Além disso, algumas dessas escolas também disponibilizam a sala digital para a comunidade do entorno.
MERCADO — Os contratos futuros do café tramitavam dentro de intervalo recente até a quinta-feira no mercado internacional, sem novidades no lado dos fundamentos e com os players atentos ao desenvolvimento da colheita e à aproximação do inverno no Brasil, o maior produtor mundial.
Entretanto, após a divulgação, na noite de quarta-feira, do conteúdo da delação do empresário Joesley Batista, que preside a holding J&F, controladora da JBS, que gerou forte crise política no Brasil, o dólar passou a se fortalecer intensamente sobre o real, estimulando as exportações e pressionando as cotações. Somente ontem, a divisa norte-americana disparou mais de 8% em relação ao real, encerrando o pregão a R$ 3,389. No acumulado da semana, a valorização foi de 8,5%.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2965 por libra-peso, com queda de 530 pontos frente ao fechamento da semana passada. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, foi cotado a US$ 1.984 por tonelada, acumulando perdas semanais de US$ 10.
Conforme a Somar Meteorologia, a colheita de café arábica, no Brasil, ainda está em seu início, com lentidão devido às chuvas que atrapalharam a entrada de máquinas nos cafezais nas principais regiões do cinturão produtor nos últimos dias, além do fato de a maioria das áreas ainda estar em fase de maturação ou com grãos verdes. Já a cata de conilon vem em ritmo normal, puxada pelos trabalhos em Rondônia.
No mercado interno, em meio às incertezas políticas, há falta generalizada de negócios. Assim, houve pouca oscilação nos preços, com os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon sendo cotados, ontem, a R$ 458,21/saca e a R$ 409,14/saca, respectivamente, ambos com variações positivas de 0,5% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior.
O CNC entende que a estimativa de uma safra menor reflete a bienalidade negativa das lavouras de arábica neste ano e vem ao encontro do cenário que temos apresentado de que os estoques de passagem do País caminham para seus menores níveis históricos, com a mínima podendo ser registrada em 2018.
Faz-se necessário, entretanto, afirmar que os volumes de oferta (produção + estoques) são suficientes para atenderem à demanda de consumo e exportação, com o Brasil mantendo sua fidelidade de principal fornecedor mundial de café.
Em meio a esse cenário, reiteramos a necessidade do produtor estar atento aos movimentos do mercado, fazendo a tomada de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para, ao longo dos 12 meses da safra, aproveitar as melhores oportunidades de preço e realizar vendas quando as cotações forem satisfatórias para cobrir seus custos e gerar rentabilidade.
CRIANÇA DO CAFÉ NA ESCOLA — Ciente de que o Brasil é o país mais sustentável na produção de café mundial, sendo exemplar na preservação do meio ambiente e na geração de milhões de empregos, fiscalizando e combatendo práticas intoleráveis de trabalho, vimos com muita surpresa e aversão a iniciativa do Museu do Café em realizar uma exposição sobre a perspectiva histórica do trabalho infantil nos séculos XX e XXI.
Diante das discussões sobre a Reforma Trabalhista no Brasil, com o intuito de alcançarmos um cenário de segurança jurídica para empregados e empregadores, sem extrair os benefícios da classe trabalhista, sem onerar de forma desequilibrada os contratantes e, principalmente, sem permitir atividade laboral de crianças, causa repulsa o fato de o anúncio da mostra propagar que a “mão de obra infantil (...) ainda é uma prática muito comum”.
A cadeia café, por meio da sinergia entre seus segmentos, combate com veemência a prática de trabalho exploratório de crianças e adolescentes, fato que possibilita que esse cenário praticamente inexista no País atualmente. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), por exemplo, realiza o programa “Criança do Café na Escola”, que contribui com a melhora da qualidade de ensino, colaborando, consequentemente, com a diminuição do êxodo rural e a fixação do homem no campo.
O CNC enaltece o trabalho do Cecafé nesse projeto e entende que o objetivo de inserir escolas de comunidades cafeeiras no mundo digital é essencial por permitir que um grande número de crianças da zona rural tenha as mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento das crianças dos grandes centros urbanos.
Nesse projeto, o público atendido envolve jovens e crianças de escolas públicas dos ensinos infantil, fundamental e médio de comunidades cafeeiras e, em alguns casos, os próprios professores. Além disso, algumas dessas escolas também disponibilizam a sala digital para a comunidade do entorno.
MERCADO — Os contratos futuros do café tramitavam dentro de intervalo recente até a quinta-feira no mercado internacional, sem novidades no lado dos fundamentos e com os players atentos ao desenvolvimento da colheita e à aproximação do inverno no Brasil, o maior produtor mundial.
Entretanto, após a divulgação, na noite de quarta-feira, do conteúdo da delação do empresário Joesley Batista, que preside a holding J&F, controladora da JBS, que gerou forte crise política no Brasil, o dólar passou a se fortalecer intensamente sobre o real, estimulando as exportações e pressionando as cotações. Somente ontem, a divisa norte-americana disparou mais de 8% em relação ao real, encerrando o pregão a R$ 3,389. No acumulado da semana, a valorização foi de 8,5%.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2965 por libra-peso, com queda de 530 pontos frente ao fechamento da semana passada. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, foi cotado a US$ 1.984 por tonelada, acumulando perdas semanais de US$ 10.
Conforme a Somar Meteorologia, a colheita de café arábica, no Brasil, ainda está em seu início, com lentidão devido às chuvas que atrapalharam a entrada de máquinas nos cafezais nas principais regiões do cinturão produtor nos últimos dias, além do fato de a maioria das áreas ainda estar em fase de maturação ou com grãos verdes. Já a cata de conilon vem em ritmo normal, puxada pelos trabalhos em Rondônia.
No mercado interno, em meio às incertezas políticas, há falta generalizada de negócios. Assim, houve pouca oscilação nos preços, com os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon sendo cotados, ontem, a R$ 458,21/saca e a R$ 409,14/saca, respectivamente, ambos com variações positivas de 0,5% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior.
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Fonte:
CNC
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