Presidente do PSB defende que ministro de Minas e Energia deixe cargo

Publicado em 18/05/2017 13:26

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) defendeu em nota que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que é filiado à sigla, deixe o cargo na sequência de denúncias contra o presidente Michel Temer.

A saída do pernambucano da pasta é um dos maiores temores de alguns executivos do ouvidos nesta quinta-feira pela Reuters durante evento do setor elétrico no Rio de Janeiro.

"O partido não pode admitir que um de seus membros faça parte de um governo antipopular que perdeu, por inteiro, sua legitimidade para governar o Brasil, afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

No final de abril, Siqueira já havia defendido a saída de Coelho Filho, devido a uma oposição da executiva nacional do PSB às reformas trabalhista e da previdência que o governo Temer tenta aprovar no Congresso Nacional.

Não foi possível falar imediatamente com o ministro sobre o posicionamento do PSB.

A indicação de Coelho Filho para o cargo no ministério não havia sido unanimidade no partido, mas acabou bem recebida por investidores e especialistas do setor elétrico, principalmente, após ele indicar nomes técnicos para a presidência da Eletrobras, da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e para cargos na própria pasta.

As ações ON da estatal Eletrobras tinham saltado mais de 100 por cento desde que Temer assumiu o posto interinamente em maio do ano passado até o fechamento do mercado na quarta-feira. Mas devolviam parte dos ganhos nesta quinta-feira, desabando cerca de 20 por cento, após as denúncias serem publicadas.

"O ministro deu apoio político para enfrentarmos problemas do setor, e ele nomeou uma equipe que dificilmente um outro iria colocar. O setor elétrico está se arrumando... não podemos fragilizar a capacidade de atrair investimentos", disse o presidente do centro de estudos Acende Brasil, Claudio Sales.

Especialistas afirmaram mais cedo à Reuters que existe agora um temor quanto à continuidade de um movimento do governo Temer para reformar a regulação do setor elétrico, bem como preocupações quanto a operações em andamento, como aquisições de ativos em negociação ou estudos para abertura de capital de empresas.

(Luciano Costa)

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Fonte:
Reuters

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