Novo presidente francês pode dar ânimo às negociações comerciais com o Brasil
Assim que foi confirmada a eleição de Emmanuel Macron para a presidência da França, na tarde de domingo (07), o governo brasileiro comemorou: o presidente Michel Temer parabenizou o político centrista pela vitória em sua conta no Twitter e o ministro das Relações Exteriores, Aloizio Nunes, divulgou uma nota de felicitações. Entre as razões dessa euforia, o Itamaraty avalia que Macron vai ajudar nas negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE).
As negociações entre os dois blocos começaram em 1999 e até hoje não houve avanços significativos. Se a candidata derrotada da extrema-direita, Marine Le Pen, vencesse as eleições, o acordo ficaria em segundo plano, afirmou uma fonte do governo. Além disso, as chances de a França permanecer na Comunidade Europeia com Macron são bem maiores do que fosse Le Pen, que chegou a declarar que, se eleita, sairia da zona do Euro.
Para o presidente do Instituto de Relações Internacionais e de Comércio Exterior (Irice), Rubens Barbosa, o presidente eleito da França, de viés liberal, ajudará a empurrar as negociações. Porém, apenas após as eleições na Alemanha, o quadro ficará mais definido.
“As negociações vão acelerar a partir de setembro, depois da eleição na Alemanha”, disse ele.
Para o vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Luiz Augusto de Castro Neves, é preciso levar em conta que, nas negociações entre Mercosul e UE, as restrições francesas no que diz respeito à política agrícola europeia sempre atrapalharam o diálogo. A França sempre foi mais voltada para a proteção de seus agricultores.
Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.
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