Argentina deverá ter aumento de 7,8% em área de trigo para 2017/18, diz Bolsa de Buenos Aires

Publicado em 19/04/2017 17:32

Faltando algumas semanas para o início do plantio de trigo na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) projetou um aumento de 7,8% na superfície plantada com o cereal.

A informação foi divulgada hoje (19) no boletim de pré-campanha difundido pela BCBA, que lembra que o volume de produção da safra 2016/17 foi de 16,3 milhões de toneladas, sobre uma área plantada de 5,1 milhões de hectares. Agora, as primeiras expectativas de plantio mostram que poderá ser possível uma área de 5,5 milhões de hectares para a safra 2017/18, um novo recorde de superfície plantada durante as 10 últimas safras e superando em 34% a média das três últimas safras.

A Bolsa lembra que essa previsão está sujeita à evolução das condições climáticas durante os próximos meses, que necessitarão de uma boa umidade para um plantio correto do cereal no solo durante sua janela ideal de plantio.

Evolução da área plantada de trigo na Argentina

O quadro acima mostra a evolução da superfície plantada com trigo na Argentina ao longo das safras

Os maiores aumentos de área devem ocorrer sobre o sudeste de Buenos Aires, região que não pode concretizar seus planos de plantio em 2016/17 devido às condições climáticas que atrasaram a colheita da soja e, consequentemente, provocaram uma liberação lenta dos lotes para o trigo. O aumento será presente também em setores do noroeste argentino, sul de Santa Fe, oeste e norte de Buenos Aires e norte de La Pampa.

Em paralelo, a BCBA estima também que o cultivo deve recuperar área em zonas com menor aptidão agrícola no norte do país, onde durante a safra anterior, foi registrada falta de umidade nos meses de maior atividade de plantio, o que não permitiu que os planos previstos fossem concretizados.

Durante as últimas safras, o cultivo de trigo também perdeu espaço para a cevada, mais vantajosa economicamente. Na safra 2016/17, o trigo começou a se recuperar após a modificação no esquema regulatório, que melhorou a relação preço-custo e fez com que muitos produtores optassem por esse cereal. Essa realidade deve se mostrar mais firme nesta nova safra.

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Por:
Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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