Operação Carne Fraca: Contêineres com carne de frango estão parados nos portos da China
“Essa é uma grande preocupação, uma vez que em torno de 43% do que exportamos de carne de frango vai para o mercado chinês. Atualmente, temos 217 contêineres destinados ao país, 45 já estão lá e mais 45 parados no Porto de Paranaguá. Ainda temos 127 em trânsito, mas é preciso acompanhar, pois a China anunciou que manteria a suspensão por 7 dias. Esperamos que a nação volte atrás na medida”, explica o presidente da cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues.
Ao todo, os contêineres carregam 6 mil toneladas de carne, o equivalente a US$ 12 milhões. “E essa conta deveria ser paga pela Polícia Federal brasileira que agiu de forma precipitada. Temos nesse instante um impacto restrito à questão da logística, pois tivemos que alugar alguns armazéns e temos o custo dos contêineres parados, seja na China ou no Brasil. E, caso não haja a liberação, teremos que buscar esse produto no país asiático reembalar o produto e vender para outro país”, reforça o presidente.
A China foi um dos países que anunciou suspensão de compras de carne do Brasil essa semana. Egito, Chile, Hong Kong, Argélia, Japão, União Europeia, Suíça, Jamaica, Trinidad e Tobago também divulgaram embargo às carnes do país.
Paralelamente, Rodrigues ainda reforça que o funcionamento da cooperativa ocorre normalmente. Cenário bem diferente de algumas outras empresas que já registram demissão de funcionários e paralisação nos abates, conforme reportado pela imprensa brasileira. “O atraso nos embarques de sete dias não chegar a ser um grande problema, mas se ultrapassar esse período pode ser um grande impasse, pois faltará espaço para armazenar produtos”, completa.
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Balde de água fria
A operação tem sido vista pelo setor como um balde de água fria, já que havia certo otimismo do setor com a situação da gripe aviária no mundo. A perspectiva era que o quadro pudesse gerar oportunidades de comercialização aos produtores brasileiros.
Grãos
Por outro lado, o presidente ainda destaca que a operação ainda não atingiu a demanda por grãos. “O forte da Lar é a produção de grãos e nós vendemos parte do que produzimos. Precisamos acompanhar a aquisição de grandes compradores, como a JBS e a BRF, que até aqui continuam com todas as atividade normais e comprando. Não vimos nenhum reflexo a nível de preços”, acrescente Rodrigues.
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marcelo mussulini mariópolis - PR
ótima matéria...