Preços do café estão estagnados próximos de US$ 1,40 lbp e sem expectativa de reação no curto prazo
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group), há vários pregões, não consegue deslocar e não passa do patamar de US$1,40. Na avaliação de Anilton Machado, da Origem Corretora, é um mercado de oscilação curto que acumula altas e baixas, mas sem sair do teto apresentado.
Para Machado, "falta novidade no mercado". Um fator que poderia estar colaborando para altas são os fundos, mas estes trabalham em posição cautelosa. O analista também não acredita em uma queda, definindo a situação como um "marasmo nos últimos dias".
Com o mercado nesses patamares em Nova York e o dólar a R$3,11 nas cotações de hoje, os preços em reais não atendem as necessidades dos produtores, que trabalham com períodos de negociações ocasionais.
"Quem guardou café é aquele que acreditava que, na entressafra, teria preços bons no mercado", avalia Machado. A demanda, em contrapartida, também é curta, uma vez que os compradores utilizaram da mesma lógica para realizar as suas compras.
A próxima safra total de café no Brasil deve ficar entre 45 a 49 milhões de sacas. A bienalidade faz com que a safra seja naturalmente menor, contra uma demanda de 50 a 52 milhões de sacas. O déficit será suprido com estoques - assim, os estoques de passagem devem chegar a níveis bem mais baixos nesse período.
Machado aconselha os produtores a observar o mercado de clima - mesmo que, nos últimos anos, não tenha havido muitos acontecimentos. Até a safra de 2018, terá um ano longo, logo, os produtores devem também ficar atentos às oportunidades para fazer algumas fixações na safra deste ano.
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