JBS vê recuperação de margem com melhores preços internacionais e menor custo de insumos
SÃO PAULO (Reuters) - A JBS vislumbra recuperação das margens em 2017 diante de preços de venda internacionais melhores e custos de insumos cedendo, de acordo com o diretor-presidente global da gigante de alimentos, Wesley Batista.
Em teleconferência com analistas sobre o resultado do quarto trimestre e de 2016, o executivo ponderou que acredita em um melhora gradativa, mas disse estar "bem otimista" para o ano.
"De forma geral, acreditamos e não vemos por que não assistir a uma melhora gradual trimestre a trimestre dos preços internacionais, que claramente ajuda na recuperação de margens, atrelada a um custo de insumo menor", afirmou.
Os executivos da companhia também trabalham com um cenário de mercado doméstico mais estável do ponto de vista de demanda.
Na noite de segunda-feira, a JBS divulgou lucro líquido de 694 milhões de reais para os últimos três meses de 2016, revertendo resultado negativo sofrido um ano antes, abaixo do esperado por analistas.
A empresa encerrou 2016 com margem Ebitda de 6,6 por cento ante 8,2 por cento em 2015.
Por volta das 11:30, as ações da companhia subiam 2,5 por cento, a 11,91 reais, na bolsa paulista, enquanto o Ibovespa recuava 0,96 por cento.
O analista do Credit Suisse Victor Saragiotto avaliou que a JBS apresentou números mais fracos do que o esperado, mas vê a empresa melhorando seu desempenho operacional e o fluxo de caixa, conforme relatório enviado a clientes.
Ele atrela essa melhora ao bom resultado nas unidades de carnes bovina e suína nos Estados Unidos, menor custo de grão em dólar para Pilgrims e a recente queda no preço do gado no Brasil que deve continuar ao longo do ano.
IPO DENTRO DO PLANEJADO
Batista afirmou que o processo de listagem da subsidiária JBS Foods International está dentro do cronograma e que esperava fazer "em breve" a reapresentação dos documentos para atualizar com os números do ano fiscal de 2016.
"Segue dentro do planejado", afirmou, sem dar mais detalhes.
O grupo brasileiro anunciou no final de 2016 um plano para fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da JBS Foods International nos Estados Unidos este ano, em estratégia para acelerar a redução de seu endividamento.
Os executivos da companhia também afirmaram na teleconferência que não há grandes aquisições no radar, mas ponderaram que há oportunidades a serem exploradas como foi o caso da Plumrose.
Na véspera, a JBS anunciou acordo para comprar a fabricante norte-americana de produtos suínos por 230 milhões de dólares, ampliando sua atuação em alimentos preparados no país.
Na teleconferência, Batista reforçou que a aquisição está em linha com a estratégia da empresa de ampliar o portfólio de produtos com alto valor agregado e que deve gerar sinergias de 25 milhões a 35 milhões de dólares.
(Por Paula Arend Laier)
2 comentários
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Rogerio mendes lopes Morrinhos - GO
Assim a gigante recupera as margens, comprando boi a preço de banana... no país da mentira, só o produtor rural está contribuindo para a queda da inflação !
É Rogério, ai te pergunto, onde estão os representantes da classe produtora? Sumiram?
Se. Dalmo isso ai e igual et. Existe existe maia ninguem nunca viu um ( a nao ser quandoe pra receber o salario )
joão Lunardi SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MT
Muito bem colocado o destaque, na entrevista do dono da JBS, a frase "Custo de insumos cedendo" (??!!).... E ainda vem falar de boas perspectivas futuras??¹ . Tá faltando uma coisa muito importante nessa festa , que é, combinar com o fornecedor de insumos, ou seja, o produtor que vem amargando prejuízos alarmantes na atividade. Falar do futuro sem repassar margens para o pecuarista é mesmo muita prepotência da tua parte caro Wesley Batista. Ainda tem a coragem de vir na mídia dizer uma coisa dessas???. Aumento de margens com boa remuneração sobre a carne que nos pagam uma miséria. Palavras típicas de gente mal intencionada. Veremos até quando vai ter esse insumo barato????