Rendimentos mais altos dos Treasuries levam dólar a máxima de 3 semanas ante iene
Por Patrick Graham
LONDRES (Reuters) - O dólar atingiu máxima de três semanas contra o iene nesta quinta-feira, a caminho do quarto dia de ganhos após números fortes de emprego no setor privado dos Estados unidos na véspera terem tirado os rendimentos dos títulos de 10 anos dos Estados Unidos de uma faixa que perdurava há muito tempo.
Conforme o dólar enfrentou dificuldades na semana passada para avança diante da virada nos mercados monetários com a expectativa de uma alta nos juros dos Estados Unidos este mês, uma série de analistas apontou para as movimentações nulas nos rendimentos dos títulos de 10 anos como um elemento que segura a moeda.
Os rendimentos dos títulos foram acima de 2,52 por cento pela primeira vez este ano na quarta-feira e eram negociados próximo de 2,58 por cento nesta quinta-feira. Isso ajudou o dólar a avançar 0,5 por cento contra o iene, para 114,90 ienes. <JPY>
Os estrategista de câmbio do Citi Josh O'Byrne disse que as expectativas de mudança positiva na retórica do Banco Central Europeu sobre a economia antes da reunião de política monetária nesta sessão também pode ter influenciado nessas movimentações.
"Quebramos 2,52 por cento ontem, que foi a máxima da faixa das últimas semanas e certamente parece haver mais otimismo (em torno do dólar)", disse.
"Expectativas menos 'dovish' sobre o BCE estão ajudando a diminuir parte da pressão sobre os rendimentos de longo prazo nos EUA também, e isso está tendo mais influência sobre o dólar contra alguns rendimentos mais altos e o iene."
Contra uma cesta de moedas, o dólar ganhava 0,01 por cento, a 102,08 às 8:04 (horário de Brasília). Já o euro avançava 0,17 por cento, a 1,0557 dólar.
O BCE deve manter a política monetária nesta quinta-feira conforme aumenta o nervosismo antes de eleições de alto risco na França e na Holanda no momento de uma alta no sentimento populista que ameaça afetar a recuperação.
Mas existe uma crescente especulação nos mercados de que a melhora do crescimento e a alta da inflação permitirão que o banco central comece a retirar seu estímulo emergencial para a economia no final deste ano.
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