Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York sobe 100 pts nesta 4ª feira após quatro quedas seguidas
Em mais um dia marcado por oscilações dos dois lados da tabela, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (8) com alta de cerca de 100 pontos em uma subida técnica depois de alguns vencimentos ficarem abaixo do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. Além disso, o mercado segue atento ao câmbio e as informações sobre o clima no Brasil.
O contrato março/17 encerrou o dia cotado a 140,05 cents/lb com 105 pontos de alta, o maio/17, referência de mercado, anotou 141,75 cents/lb com valorização de 105 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia a 144,05 cents/lb com avanço de 105 pontos e o setembro/17, mais distante, subiu 100 pontos, a 146,30 cents/lb. Com essa alta, o mercado encerra uma sequência de quatro altas seguidas.
O mercado do arábica na ICE tem trabalhado sem muitas novidades nos últimos dias fundamentais nos últimos dias e apenas seguindo ajustes e acompanhando o câmbio e o clima no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. "As cotações continuaram a orbitar os intervalos pré-definidos e, assim, não se viu grandes volatilidades", disse em seu boletim diário Dia a Dia no Campo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Apesar de o campo positivo prevalecer, durante boa parte da sessão, o câmbio contribuiu para perdas no mercado. O dólar comercial chegou a ficar acima de R$ 3,15 no dia repercutindo dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. A divisa fechou o dia com alta de 1,65% e saca R$ 3,1715 na venda, maior nível desde 26 de janeiro. A divisa mais alta tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.
A melhora do clima no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, também deu pressão ao mercado durante a sessão. Com uma frente fria, áreas produtoras de café da Zona da Mata de Minas Gerais e Sul do Espírito Santo devem ter chuvas nos próximos dias. Essas precipitações, no entanto, serão irregulares. Ainda assim, o MDA Information Systems disse à Reuters que "a seca ainda é uma preocupação generalizada em todo o cinturão do café".
Mercado interno
Os negócios com café estão lentos nas praças de comercialização do Brasil, pouca coisa mudou nos últimos dias. Os preços internos voltaram próximos do patamar de R$ 500,00 a saca. "O setor produtivo do café continua arredio a conversas mercadológicas na espera de uma reviravolta nos preços vigentes e este cenário, ao que parece, vem encontrando dificuldade em ganhar eco mercadológico ou moldura", disse Marcus Magalhães.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com R$ 537,00 a saca e alta de 5,50%.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 536,00 a saca – estável. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 4,55% e saca a R$ 506,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) (estável), Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), Franca (SP) (+2,04%), Oeste de Bahia (estável) e Patrocínio (MG) (+2,04%), ambas com R$ 500,00 a saca. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 4,03% e saca a R$ 491,00.
Na terça-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 488,80 com queda de 0,26%.
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