Exportações totais de carne bovina tem forte queda em fevereiro, segundo Abrafrigo
Depois de um início promissor em janeiro, quando apresentaram um crescimento de 10% em volume e de 14% na receita em relação a 2016, as exportações totais de carne bovina in natura e processada apresentaram forte queda no mês de fevereiro devido à significativa redução nas compras por parte de alguns países europeus como Alemanha, Itália, Reino Unido e Holanda e ainda do Egito. Também contribuiu para a queda uma certa estabilização nas importações chinesas que vinham crescendo aceleradamente desde o início de 2016. Hong Kong diminuiu suas aquisições em 21%, mas em compensação a China Continental elevou suas compras em 66%, compensando uma pela outra.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados consolidados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX. Em fevereiro, as vendas brasileiras do produto alcançaram a 99.764 toneladas e a receita obtida foi de US$ 395,3 milhões contra vendas de 122.852 toneladas e receita de US$ 475,8 milhões no mesmo mês de 2016. No acumulado do ano, as exportações já são 6% menores do que em 2016 na quantidade e apresentam queda de 4% na receita, atingindo a 207.091 toneladas e US$ 813 milhões, respectivamente. No total o Brasil comercializou sua carne bovina com 117 países, dos quais 52 aumentaram suas compras e 65 apresentaram diminuição.
Neste início de ano ressalta-se a forte movimentação do produto brasileiro a partir do porto de Santos que, nos dois primeiros meses do ano, foi o responsável por 60% das exportações da carne bovina processada e in natura, contra 50% em 2016. Os portos de Itajaí e São Francisco do Sul em Santa Catarina foram os que mais perderam este tipo de carga, caindo de uma participação total de 28% em 2016 para 16% em 2017. Para a ABRAFRIGO, além de ser um mês mais curto, fevereiro apresentou uma queda de volume e receita atípica em 2017, prevendo-se uma recuperação dos embarques pelo menos aos níveis de 2016 para os próximos meses.
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