No PR, janela ideal de plantio do milho safrinha se encerra e área cultivada chega a 48%

Publicado em 24/02/2017 12:32
Confira a entrevista de José Eduardo Sismeiro - Presidente Aprosoja PR
Nesta temporada, safrinha do estado ficará mais exposta ao risco climático, especialmente em relação às geadas tardias e as chuvas. Produtividade média pode ficar abaixo do registrado no anterior. Queda nos preços também preocupa os produtores, já que poucos contratos antecipados foram realizados, com valores entre R$ 30,00 e R$ 33,00 a saca.

No estado do Paraná, a janela ideal de plantio para o milho safrinha está se encerrando e apenas 48% da área prevista para essa temporada foi cultivada até o momento. As informações fazem parte do último levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). No mesmo período do ano passado, o percentual plantado estava em 69%.

“O cenário não é dos melhores, não iniciamos a colheita da soja na data prevista devido a problemas climáticos e, consequentemente, retardamos o plantio do milho safrinha. Em seguida, tivemos muita chuva, o que fez com que boa parte da safra fosse cultivada no mês de fevereiro. Acreditamos que o estado tenha cultivado entre 30% a 35% da área com o milho”, destaca o presidente da Aprosoja PR, José Eduardo Sismeiro.

A liderança ainda reforça que o melhor período para o plantio do cereal ocorre ao longo do mês de janeiro e a partir de fevereiro a expectativa de produtividade baixa. “Isso nos diz que a probabilidade de ter uma safra boa de milho safrinha não deverá se consolidar pela data de plantio. Quanto mais nos aproximamos de março, mais temos riscos com geadas e chuvas”, completa.

Em seu último boletim de acompanhamento de safras, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safrinha de milho do Paraná em 12,24 milhões de toneladas do cereal. “Mas acredito que iremos colher o que colhemos na safra passada, ainda iremos depender de quanto conseguiremos plantar nos próximos dias”, afirma Sismeiro.

Preços

Além do risco climático, os produtores estão preocupados com a recente queda nos preços do cereal. E poucos agricultores realizaram negócios antecipados, com valores entre R$ 30,00 a R$ 33,00 a saca.

“Precisamos de um valor que garanta a renda para todos os elos dessa cadeia. No ano passado, quando os preços bateram R$ 50,00 a R$ 52,00, os agricultores não aproveitaram, pois já tinham vendido o produto para as traders e cooperativas, com valores entre R$ 26,00 a R$ 27,00”, pondera Sismeiro. 

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Sandro Oltramari Nova Prata do Iguaçu - PR

    Eu ainda penso que a safrinha nos tira o lucro da safra de verão quando ocorre uma estiagem ou queda nos preços por alta demanda..., ao encher os armazéns com a safrinha, nós estamos DITANDO os preços para a safra de verão..., quem ganha são as empresas de insumos, e a nós cabe o PREJUÍZO .

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      RESMUNGA, CHORA, , ESBRAVEJA ,,,MAS CONTINUA PLANTANDO TRIGO-----NO FIM EU CHEGO A CONCLUSAO QUE GOSTAM MESMO DE LEVAR NA TARRAQUETA--

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    • Leolirio Dionisio Poletti Vila Nova-Toledo - PR

      O agricultor só começou a plantar safrinha porque o Collor acabou com o trigo e como as empresas perceberam que vende semente de milho da um dinheirão, incentivaram essa prática. Agora a hora que esses milho transgênico nao tive mais como controla praga ai vão volta pra rotação com trigo ou aveia.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Se um agricultor fizer as contas como manda o figurino, isto e', depreciaçao e custos de conserto das maquinas trabalhando, capital de giro aplicado etc.. o trigo da prejuizo-----NAO E" MELHOR FICAR PARADO DO QUE TRABALHAR E NAO GANHAR NADA??

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    • Heber Marim Katuete - PY - PI

      Nesse seu comentário dá pra perceber que não entende nada de ADM nem de agricultura... A depreciação ocorre com ou sem uso do maquinário... Solo parado como antigamente se falava em descansar a terra é a maior imbecilidade... Pois afeta muito a fertilidade do solo... Infelizmente o produtor não tem como correr... Entre fazer cobertura que a despesa sem retorno é certa e arriscar o trigo... Só pensar um pouco e tomar a decisão individual... (Digo individual porque se todos deixassem de plantar seria outro cenário)

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Usei o termo depreciaçao nao no sentido financeiro mas no sentido de desgaste das maquinas e relativas despesas de conserto----O motor o oleo e as peças desgastam no periodo de uso----Talves por motivo de cambio nao seja tao ruim plantar trigo no Paraguai mas no Brasil os mais inteligentes ja' deixaram de plantar e a medio prazo muitos outros deixarao-----

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Tambem no segundo quesito o senhor tirou conclusoes a seu bel prazer, eu nao disse para nao plantar, sugeri que plantassem outros produtos MAIS RENTAVEIS--

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Heber Marim vou tentar me explicar melhor visto que o senhor não entendeu meu raciocínio---

      Primeiro, gostaria de frizar que sou prprietario rural desde 1971----

      Segundo , hoje em dias temos a SAFRA e a SAFRINHA . Entre as duas existe a janela climática apropriada para o inicio da SAFRINHA----Entao se por motivo de clima o de falta de recurso o agricultor perder a janela do milho /soja / feijão so lhe resta a janela do trigo-----Entao repito E" MELHOR FICAR TOTALMENTE PARADO DO QUE PLANTAR TRIGO-----

      Com isso quero deixar bem claro que eu não disse que o pessoal deve deixar de plantar a safrinha, eu disse para não plantar trigo e ficar completamente parado para não gastar combustível , não gastar maquinários e não correr o risco de perder o capital de giro numa cultura que de antemão sabemos ser pouco rentável----ESPERO QUE AGORA TENHA ENTENDIDO A MENSAGEM--

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Aqui no Brasil os moinhos de trigo alegam muitas vezes que so' podem pagar preço de trigo para raçao porque são bandidos mancomunados----

      Quem planta trigo e' um péssimo agricultor, porque a soja precisa ser plantada nos primeiros dias de setembro, na tentativa de reduzir o risco da ferrugem asiática cuja preferencia e' dos meses quentes----

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  • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

    Volto a insistir... a SOJA SAFRINHA é a melhor opção para os Paranaenses, no tempo que plantamos um alqueire de milho safrinha, poderíamos plantar dois alqueires de soja safrinha, ou seja a semeadura da soja é mais rápida que o milho, agora foi-se a janela a porta e mais alguma coisa, se não temos molécula para inibir a tenebrosa ferrugem asiática, também não teremos moléculas para controlar as plantas de milho invasora nas lavouras de soja de verão.

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    • Fernando Engler Palotina - PR

      A proibição da soja safrinha pelo governo do Paraná serviu exatamente para cumprir os objetivos que foram propostos: 1) acabar com a semente salva de soja do produtor paranaense (mais de 80% de germinação e VIGOR - que semente comercial tem isso???); 2) permitiu que a semente comercial de soja alcançasse valores astronômicos na hora da venda (quadruplicando o valor em poucos anos); 3) permitiu que o valor da semente de milho duplicasse de um ano para o outro (graças ao fim da concorrência com a soja safrinha)... Essa invenção da ferrugem asiática foi muito providencial para quem trabalha contra o produtor do Paraná... Aqui temos um vazio sanitário natural de abril a novembro, quando a ferrugem não se desenvolve porque o clima é ameno ou frio... E mesmo quando ela se desenvolve os produtores tinham êxito em seu controle com o uso de ALTO 100, que custa menos de R$ 20,00/ha... Muito providencial essas medidas não??? De que lado está o governo do Paraná??? Certamente não do lado do produtor rural do seu Estado... E viva o ESQUEMA...

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