Frango vivo: Demanda reage e preços fecham semana em alta
As cotações do frango vivo encerraram a semana com altas na maioria das praças de comercialização. A melhora na demanda interna enxugou os estoques, possibilitando correções.
O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou valorização em cinco praças. O maior reajuste ocorreu no Rio Grande do Sul com 4,17% de alta, terminando a semana cotado em R$ 2,50/kg.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, "esse movimento altista nas cotações reflete o bom movimento das exportações e o aquecimento da demanda interna na primeira metade de fevereiro", diz.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas o diretor executivo da Asgav (Associação Gaúcha de Avicultura), José Eduardo dos Santos, afirmou que a demanda interna está em 'passos de reação', mas que o produtores precisam da retomada do consumo, pois "é impossível operando por longo período de dificuldade", diz.
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As altas aliadas à queda nos preços do farelo de soja e do milho também garante melhora de receita neste período. “O produtor começou a ter um pouco mais de rentabilidade nos negócios”, avalia Iglesias.
Após enfrentar um longo período de baixas, em reflexo ao crescimento no alojamento de pintos em dezembro - cerca de 10% superior - o mercado parece começar um processo de ajuste dos estoques.
Segundo levantamento de preço da Scot Consultoria, em Campinas (SP) é possível adquirir 4,29/kg de milho na comercialização de um quilo de ave viva. Esse percentual representa crescimento de 4% na semana e 22,9% na comparação anual.
Exportações
As exportações de carne de frango 'in natura' totalizaram 137,7 mil toneladas nos oito primeiros dias úteis de fevereiro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços na segunda (13).
Os embarques representam um avanço de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, e 16,4% na comparação com o mês anterior.
Para Santos as exportações foram e são o grande oxigênio da avicultura nacional, especialmente neste ano onde o consumo interno está defasado. “Agora com o advento da influenza aviária em alguns continentes aumentou a procura pela carne brasileira”, diz.
O incremento nas vendas internas, porém, estão apenas no campo das consultas. Efetivamente os negócios não foram efetivados, mas o diretor diz acreditar que esses resultados devem começar aparecer nas próximas semanas.
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