Café arábica encerra 3ª com leves quedas e março/17 a US$1,43/lb
Nesta terça-feira (14), os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) encerraram a sessão em leves quedas de 60 pontos, registrada em todos os principais vencimentos. Sem grandes novidades, o mercado é movimentado por ajustes técnicos e recompras.
O contrato março/17 encerrou o dia a 143,65 cents/lb. Para maio/17, as cotações ficaram em 145,95 cents/lb enquanto os contratos julho/17 e setembro/17 fecharam a terça-feira a 148,25 cents/lb e 150,45 cents/lb, respectivamente.
O analista de mercado Marcus Magalhães, em seu boletim "Minuto do Mercado", divulgado durante a manhã, comentou que "não há nada no lado fundamental que dê um gás maior". Os movimentos refletem as recompras e os movimentos técnicos dos grandes operadores, que aguardam para que "surja no front um fato novo para mudar o perfil e os humores das oscilações internacionais".
Uma notícia publicada no jornal Valor Econômico também dá conta que a Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) poderá rever para baixo, nos próximos meses, sua previsão de recebimento de 5,8 milhões de sacas de café arábica neste ano. Inicialmente, a Cooxupé havia estimado uma queda de 17% na produção da sua área de atuação, mas a queda, de acordo com o superintendente comercial da cooperativa, Lúcio Dias, poderá ser ainda maior.
Em março, a Cooxupé fará a sua segunda estimativa de safra na área de atuação.
O dólar, por sua vez, que segue sem força, também liquidou a sustentação dos níveis e dos humores. Magalhães apontou ainda na segunda-feira (13) que "a conjugação de fatores como chuvas nas regiões produtoras, discurso que temos café, safras se aproximando e por fim a curta liquidez, tudo, sem exceção contribuiu para que o tom neutro ganhasse corpo e identidade".
A moeda americana, que encerrou a R$3,1101 no dia anterior, fecha a sessão de hoje cotada a R$3,0864.
Mercado interno
Para o mercado interno, Magalhães comentou que "por enquanto, o mercado parou de cair e pode consolidar o atual espaço de trabalho" e aponta que "liquidez é essencial para que o mercado continue a ter vida, ter compradores e, pelo menos, ter luz no fundo do túnel".
O café tipo 4/5 teve seu maior nível a R$534,00 em Guaxupé (MG), sem variação. A maior variação observada foi em Poços de Caldas (MG), com queda de -1,58%, a R$499,00.
O café tipo cereja descascado apresenta maior nível em Espírito Santo do Pinhal (SP), a R$550,00, sem variação e uma variação positiva de 0,37% em Poços de Caldas (MG), a R$541,00.
As cotações do tipo 6 também encontram seus maiores níveis em Espírito Santo do Pinhal (SP), estável, a R$520,00, em Varginha (MG) e na média do Rio Grande do Sul, a R$515,00 a saca - com ambas as cotações encerrando o dia sem variações. As maiores quedas foram registradas em Patrocínio (MG), de -1,94%, a R$505,00 e no oeste da Bahia, de -1,46%, a R$505,00. Guaxupé (MG) permanece estável, a R$507,00.
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