Chuvas constantes paralisam a colheita da soja em Nova Mutum (MT)

Em Nova Mutum (MT), a colheita da soja permanece paralisada devido às chuvas constantes. As precipitações não dão trégua desde o último final de semana e as previsões climáticas ainda apontam chuvas nos próximos dias. Além da interrupção dos trabalhos nos campos, os produtores já começam a relatar problemas com grãos ardidos.

E cerca de 50% da área semeada nesta temporada ainda precisa ser colhida na região. “Essa é a grande preocupação, pois se as chuvas continuarem poderemos ter perdas maiores”, destaca o presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Carlos Gonçalves.

Antes das chuvas, a colheita do grão transcorria normalmente e a produtividade média das lavouras estava acima de 55 sacas de soja por hectare. Além disso, os produtores também estão atentos em relação à sanidade das plantações, uma vez que, com o clima úmido há uma grande apreensão com a ferrugem asiática.

“Por enquanto, os agricultores têm conseguido controlar a doença e realizar aplicações nas lavouras. Mas é preciso tomar cuidado, pois podemos ter um aumento nos custos de produção”, reforça a liderança sindical.

Comercialização da soja

Até o momento, em torno de 40% da safra do grão já foi negociada. Grande parte dos produtores fez trocas com as empresas. Nesse instante, os preços da soja recuaram e a soja é negociada entre R$ 55,00 até R$ 58,00 a saca.

“São valores que empatam, pois o custo de produção subiu muito nos últimos anos. Temos um custo ao redor de 50 sacas de soja por hectare para realizar a produção na nossa região. Precisamos melhorar esse preço para garantir uma rentabilidade nesta temporada”, diz Gonçalves.

Milho safrinha

No caso do cereal, os produtores também estão preocupados com o recuo nos preços. A saca é negociada ao redor de R$ 16,00 na localidade atualmente. “E mesmo com a essa paralisação na colheita da soja, ainda temos um bom período para o plantio da safrinha dentro da janela ideal. A perspectiva é que haja um aumento na área cultivada, com isso, a tendência é de queda nos preços”, pondera o presidente do sindicato.