Aumentam as oportunidades para as exportações do feijão brasileiro. No mercado interno, carioca parece ter encontrado um piso

Publicado em 10/02/2017 13:00
Confira a entrevista com Marcelo Lüders - Correpar
Marcelo Lüders está em Cancun, discutindo potencial de exportação de feijões do Brasil com americanos e mexicanos

O analista de mercado Marcelo Lüders, da Correpar, está na cidade de Cancún, no México, para debater algumas possibilidades para o feijão brasileiro no país, oferecendo a alternativa do feijão preto e também abrindo conversas para que outras variedades de feijão possam ser melhor trabalhadas no Brasil.

Na conversa também entra os Estados Unidos, que assim como o México, é um grande player neste mercado. Lüders aponta, portanto, que a intenção é "entender o que está acontecendo e mostrar as condições de atender e exportar feijão".

Entre o Brasil e ambos os países, existem alguns acordos afirmados, mas que precisam ser expandidos ou regulamentados, para que haja a possibilidade de relações bilaterais de importação e exportação.

No mercado do feijão brasileiro, as movimentações estiveram lentas até a última quarta-feira, com negócios a níveis mais baixos. Mas, na medida em que os produtores foram trocando informações, puderam se organizar para tomar decisões e na quinta-feira haviam negócios com preços de R$130 a R$140 pagos ao produtor.

Hoje pela manhã o mercado se apresentou mais tranquilo, mas voltaram a ser feitos negócios nessa faixa. Alguns produtores, portanto, que produzem variedades com cor mais conservada, possuem tranquilidade para esperar até março, fora da pressão da colheita.

Lüders destaca que "o pior da tempestade se foi". Devagar, a pressão da colheita está passando e o mercado poderá ficar mais guiado pelos movimentos de maior demanda. Logo, há uma necessidade de os produtores estarem conectados e observando o que ocorre. "A informação é a chave da boa comercialização e do sucesso em qualquer cultura", aconselha.

Do lado da demanda, o início do mês e os preços mais baratos do feijão nas gôndolas impulsionam o consumo, mas "nem sempre maior demanda coincide com demanda de gôndola", como lembra o analista.

Um pico de oferta deverá chegar novamente entre os meses de maio e junho. Portanto, os produtores devem tomar cuidado para diversificar a variedade do feijão para alterar a conta no volume total.

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Por:
Aleksander Horta / Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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