Cafeicultura brasileira bate recorde histórico com produtividade média de 26,33 sacas por hectare em 2016
A Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, por meio do Relatório ‘Informações Estatísticas do Café’, de janeiro de 2017, traz como destaque nas suas análises estatísticas e indicadores uma série dos últimos dez anos do desempenho da cafeicultura, a qual demonstra que os Cafés do Brasil tiveram produtividade média de 26,33 sacas por hectare no ano de 2016, desempenho que representa um recorde histórico do setor. Até então a maior produtividade verificada no País havia sido a de 2012 com 24,8 sacas por hectare.
De acordo com os dados do Mapa, com base na 4ª Estimativa da Safra de Café da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, de dezembro de 2016, o Brasil produziu no ano passado 51,369 milhões de sacas de 60kg de café numa área de 1,95 milhão de hectares, o que permitiu atingir essa produtividade que representa um recorde histórico. O Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, publica sistematicamente no seu site os relatórios contendo as ‘Informações Estatísticas do Café’, assim como os ‘Levantamentos da Safra de Café’, entre vários outros documentos e análises do desempenho do setor em nível nacional e internacional, que permitem conferir esses números e respectivas análises.
Os ganhos de produtividade verificados na última década na produção dos Cafés do Brasil, em geral, são atribuídos, tanto nas análises e nos Levantamentos das Safras divulgados pela Conab, como também por técnicos e especialistas, às boas práticas de gestão da atividade e, principalmente, às novas tecnologias constantemente geradas pelas instituições de pesquisa, ensino e extensão, que são adotadas pelos produtores das diferentes regiões cafeicultoras do País. Tais práticas, além de terem melhorado a qualidade do produto, têm também levado ao longo dos anos a uma diminuição da diferença das produtividades de ciclos positivo e negativo do café. Com isso, os avanços tecnológicos implementados têm contribuído gradativamente para minimizar os efeitos da bienalidade da cafeicultura brasileira, que alterna safras altas e safras baixas.
Especificamente em relação ao ano de 2016, de acordo com os dados da Conab, a área total plantada com café no país - incluindo as duas espécies de café arábica e conilon -, foi de 2,22 milhões de hectares. Desse total, 272,7 mil hectares (12,3%) estavam em formação e 1,95 milhão de hectares (87,7%) em produção. A área plantada do café arábica somou 1,75 milhão de hectares, o que correspondeu a 79,13% da área das lavouras de café. Quanto ao café conilon, o levantamento estimou em 463,7 mil hectares a área total, sendo 424,7 mil hectares em produção e 39,01 mil hectares em formação. Confira também o 1º Levantamento da Safra de Café da Conab divulgado no início deste ano de 2017.
O ranking dos seis maiores estados brasileiros de café com base nos números da produção da safra de 2016, em ordem decrescente, demonstra que Minas Gerais figura como o estado que mais produz café no Brasil, com 30,72 milhões de sacas; Espírito Santo, o segundo, com 8,96 milhões de sacas; São Paulo, terceiro, com 6,03 milhões de sacas; Bahia, quarto – 2,09 milhões; Rondônia, quinto – 1,62; e, Paraná, sexto, com 1,04 milhão de sacas de 60kg.
Com relação às exportações, os seis primeiros países que mais adquiriram os Cafés do Brasil, também em 2016, foram: EUA – 6,55 milhões de sacas; Alemanha – 6,29 milhões; Itália – 2,87 milhões; Japão – 2,62 milhões; Bélgica – 2,06 milhões; e, Rússia, 0,987 milhão de sacas de 60kg. Ao todo, nesse ano, foram exportadas 34,31 milhões de sacas que geraram uma receita cambial de US$5,47 bilhões.
Tais números, de acordo com os dados e análises constantes dessas Informações Estatísticas do Café, do Mapa, colocam o café no quinto lugar no ranking dos principais produtos exportados em termos de geração de receita. Em primeiro, o Complexo Soja, com US$ 25,41 bilhões; em segundo, Carnes, com US$ 14,21 bilhões; terceiro, Complexo Sucroalcoleiro – US$ 11,34 bilhões; quarto, Produtos Florestais, com US$ 10,23 bilhões; e, em quinto, Cafés, com US$ 5,47 bilhões.
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