Café robusta: Após máxima de cinco anos e meio, Bolsa de Londres tem queda próxima de US$ 60 nesta 5ª
Após atingir máximas de cinco anos e meio na véspera, a Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou a sessão desta quinta-feira (2) com queda próxima de US$ 60 por tonelada nos principais vencimentos. Além da melhora do clima em origens produtoras do Brasil e a volta do Vietnã, maior produtor mundial da variedade ao mercado após o feriado Tet, as cotações na ICE estão assimilando a possibilidade das importações de café robusta (conilon) serem autorizadas no Brasil.
O contrato março/17 anotou US$ 2185,00 por tonelada e recuo de US$ 58, o maio/17 teve US$ 2201,00 por tonelada com baixa de US$ 56 e o julho/17 anotou US$ 1859,00 por tonelada com desvalorização de US$ 53.
O ministro da agricultura, Blairo Maggi, disse à Reuters nesta quinta que o Brasil deve permitir as importações de café robusta, mas que não sabe como será a decisão da Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão do Ministério do Desenvolvimento, que oficializa o pedido. A Conab estimou recentemente que os estoques de café robusta em cerca de 2,2 milhões de sacas de 60 kg no Brasil. O volume, segundo o Mapa, é considerado baixo para a manutenção da atividade da indústria brasileira. O Espírito Santo, maior estado produtor do grão, enfrenta consecutivas safras afetadas pela seca.
Na quarta-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta, tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 471,58 com queda de 0,53%.
"Os preços do café robusta têm caído no mercado doméstico, mesmo diante da baixa oferta da variedade. A pressão vem da ausência de compradores no mercado, tanto de indústrias quanto de exportadores", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
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