Fazenda de MS reconstrói solo com capim e consegue 70 scs de soja
A região sudoeste do Mato Grosso do Sul, próxima à Ponta Porã e à divisa do Paraguai, sofre com veranicos e perda de produtividade, com áreas manchadas por falta de chuvas, sofrendo e perdendo produtividade.
Esta, no entanto, não é a realidade de uma área de soja de quase 3 mil hectares visitada pelo Notícias Agrícolas. No período de enchimento de grãos, a área promete uma produtividade que pode chegar até mesmo a 70 sacas por hectare. Mas onde está a diferença dessa área?
A explicação é dada pelo solo, recoberto por uma palhada que suportou esses veranicos. A combinação do milho com a braquiária antes do plantio de soja reservou água para futuros embates com o clima.
O engenheiro agrônomo Edmar Dantas, mestre em solos, é o responsável pela área e defende a alternativa de a produção ser protegida com a braquiária. Mesmo com veranicos sofridos em setembro e em outubro, a formação de palha no sistema garantiu com que toda a matéria seca formada pelo sistema radicular das braquiárias trouxessem benefícios para a soja. No período de estiagem, as águas mais profundas retornam por capilaridade para a cultura.
Confira abaixo as dicas do engenheiro agrônomo Edmar Dantas para este tipo de área:
5 comentários
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Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR
(Fazenda de MS reconstrói solo com capim e consegue 70 scs de soja)... Correto quando o solo tem limitação química. A brachiaria e outras gramíneas adubadas promovem aumento dos agregados estáveis e reciclam Cálcio e Potássio, ao contrário da soja. A soja, através dos restos culturais ativos, aumenta a CTC mas não apresentam melhoria dos atributos físicos do solo. Daí a importância das gramíneas na constituição de sistemas avançados de rotação de espécies vegetais com a soja. A soja em monocultura ou monocultivo, mesmo produzindo bem, não permite que seu potencial produtivo seja alcançado.
Talvez seja por isso que a produtividade média da soja seja a mesma de 10 anos atrás. Não existe rotação de culturas. Milho safrinha inviabilizou plantio direto. E vai piorar muito ainda. Solos estão sem vida e compactados.
Celso, no caso dele, falou com a falta de chuva, se plantar a braquiária segura a umidade e com isso produziu 70 sacas, não tem nenhum estudo que afirma que a braquiária a melhor para segura umidade, qualquer camada morta segura a umidade, oque aconteceu é que a braquiária tem raiz profunda com isso ela fixa o carbono no solo, não resta nenhuma duvida que foi o carbono (c). Isso é tom verdade que ninguém recupera nascentes com braquiária.
Carlos William Nascimento, correto embora a soja suporte a monocultura por algum tempo
Carlos William Nascimento, correto embora a soja suporte a monocultura por algum temp
o para que as cultivares alcancem o potencial produtivo necessitam de sistemas de rotação, com a palavra os especialistas. Pode-se até propor, quando a atividade principal, entre outros , sistemas a titulo de exemplo o Sistema misto de três anos de brachiaria sob pastoreio em rotação com quatro a oito anos de soja no verão com culturas ou cobertura verde na estação seca.
Antonio Carlos Pereira correto não se deve usar brachiaria para manter as nascentes, mas onde a cultura principal é soja as gramíneas aumentam a retenção de água no solo para enfrentar verânicos e como a soja não tem sistema de reserva necessitam de umidade do solo durante todo ciclo as gramíneas como fortes agentes biológicos para a formação de agregados estáveis do solo constitui uma solução para atender essa necessidade da cultura. Quando em meados da década de sessenta implantava ensaios de cultivares importadas de soja em solo de mata recém desbravado se alcança boas produtividades. Mas agora se cultiva soja em outras situações menos favoráveis de solo, dessa forma se economicamente for favorável a impantação da rotação pastagem perene por um longo período pode-se constituir um Ecossistema renovável de alta produtividade.
Apenas quis dar um exemplo, se braquiaria segura umidade se fazia plantio em nascente. Estou falando que no caso dele deu efeito porque a braquiária tem raiz profunda e fixa o Carbono, carbono faz a soja crescer, isso foi oque aconteceu lá, NÃo precisa ser a braquiária para segura umidade pode ser outras . Estou afirmando que o resultado foi do Carbono, até porque a melhor Universidade de Agronomia esta aqui na minha cidade ! Principalmente se tratando de solo ! Precisa aprofundar o conhecimento sobre o Carbono. Grande nomes em solo não indica a braquiária para reter umidade, pois retira muitos nutrientes do solo. Outra coisa, não é qualquer árvore que deve por para recuperar nascentes,isso já tem estudos, mas tem gente que permanece no erro. Eu estou falando do Carbono fixado no solo !
Consta nos escritos de nutrição de plantas, que as mesmas conseguem se nutrir de Carbono, através da captura do ar do CO2, onde se processa a fotossíntese, cujos produtos elaborados são o carboidrato e água e, a liberação de O2 no ambiente. O Carbono fixado na matéria orgânica no solo, do qual faz parte das moléculas que a compõem e, a M.O. tem uma alta capacidade de retenção de água (3 X do seu volume), ou seja, 1 cm3 de M.O. retem 3 cm3 e, Capacidade de Troca Catiônica (CTC). Além de outros atributos bióticos, pois favorece o ambiente, melhorando as condições para a micro vida e a mesofauna do solo.
Errata. Onde lê-se: ... produtos elaborados são o carboidrato e água e, a liberação de O2 no ambiente ... Leia-se: ... produtos elaborados são o carboidrato e, a liberação de O2 no ambiente ... Mais à frente : ... 1 cm3 de M.O. retem 3 cm3 ... Leia-se: ... 1 cm3 de M.O. retem 3 cm3 de água. ...
Sr. Antonio Carlos Pereira entendo e sei da importância da Universidade de Agronomia de Jaboticabal, já dei palestra lá sobre constituição de Sistemas Rurais, enquanto profissional, pela empresa de pesquisa em que trabalhava. Citei como exemplo brachiaria devido ter iniciado em 1985 estudos com essa espécie, não descarto as demais. Tem toda razão ao citar o carbono. A brachiaria aumenta os agregados estáveis do solo favorecendo o armazenamento de água comparativamente com a monocultura da soja. Dois anos de gramínea perene, como exemplo Brachiaria são suficientes para descompactar o solo. Resultado do aumento da agregação do solo proporcionado pelo aporte de material orgânico de qualidade (Carbono). Mas deve ter resultados positivos com outras espécies além da brachiaria e aveia preta. Precisa aprofundar o conhecimento sobre o fósforo orgânico proporcionado pelas gramíneas perenes, a exemplo do ocorrido em campos nativos do Sul.
Celso, oque eu estou dizendo, se foi anos de pouca chuva, a braquiária não foi tão importante assim, é que raiz profunda da braquiária fixou o carbono. Assim o carbono é que fez maior efeito e não a umidade da braquiária segurou. Não se pode dizer poucas chuvas é que a braquiária salvou a soja, pouca chuva foi o efeito do carbono !
Paulo vc foi fundo pesquisar ! Eu já estou careca de saber, o mogno fabrica madeira com o carbono, esses é o motivo que eu oriento a não tirar nenhuma folhas dos pés de mogno, se tirar folhas os pés crescem finos,(caule) o carbono é que fabrica a madeira !
Celso,a família que pertencem a soja, feijão e ervilha é as mais importantes !
A Floresta Amazônica e a presença do Homem
*Artigo publicado na revista "O Agronômico", Campinas, 57(1), 2005.
Ângelo Paes de Camargo - Pesquisador Científico aposentado do Instituto Agronômico de Campinas ? IAC (In memoriam, falecido em 2006).
Ao realizar a fotossíntese pela folhagem das plantas, sob a ação da energia da radiação solar, forma-se o hidrato de carbono, seja o açúcar e a celulose, pela combinação do gás carbônico com a água da atmosfera. Esse processo libera o oxigênio para a atmosfera. Assim, formou-se, através de milhões de anos o elevado teor de oxigênio na composição da atmosfera da Terra, cerca de 21%. O nitrogênio, um gás inerte, ocupa quase todo o volume da atmosfera, em torno de 78% e o gás carbônico, apenas 0,03 %.
O oxigênio presente na atmosfera terrestre foi originado pela fotossíntese realizada pelos vegetais da superfície. Os organismos, plantas e animais, presentes nas florestas da Terra não mais contribuem para alterar a composição da atmosfera. Quando vivas, as plantas realizam a fotossíntese, produzindo e liberando o oxigênio, ao mesmo tempo em que formam a matéria orgânica e consomem o gás carbônico. Quando morrem e se decompõem, fazem o contrário, consomem o oxigênio, numa combustão lenta e lançam em seu lugar gás carbônico na atmosfera. Por isso os teores de gás carbônico e de oxigênio na atmosfera mantêm-se constantes.
Serapilheira
Toda floresta adulta, em clímax, apresenta sobre o solo uma camada de matéria orgânica oriunda da folhagem senescente que cai da copa das arvores e que apresenta na parte inferior em contato com o solo uma camada em decomposição. É a serapilheira.
Essa serapilheira, ao mesmo tempo em que recebe material na superfície, vai se decompondo e desaparecendo na parte inferior. Dessa forma, a serapilheira fica sempre com a mesma altura. Se não houvesse essa decomposição, a camada de serapilheira iria aumentando de espessura continuamente e chegaria a muitos metros da altura. O que nunca acontece. A floresta virgem, ao mesmo tempo em que produz oxigênio pela fotossíntese, produz também o gás carbônico, pela decomposição da matéria orgânica quando morrem. Assim, não alteram a oxigenação da atmosfera.
Superfície aquosa
Uma vegetação natural ocorre também em superfícies aquosas como de lagos e oceanos. São principalmente as algas, muito abundantes, que fazem a fotossíntese. Absorvem o gás carbônico (CO2) e liberam o oxigênio. Mas, as algas também respiram e se decompõem quando morrem, produzindo o gás carbônico na mesma proporção que produziu o oxigênio.
A superfície do globo terrestre apresenta três quartas partes cobertas por oceanos e apenas uma quarta parte por terra. Dessa forma, a influência dos continentes, e assim da Floresta Amazônica, nas condições físicas, térmicas e hídricas do clima do globo é mínima em comparação com a dos oceanos.
Se a Floresta Amazônica fosse substituída por outra cobertura vegetal, como a pastagem ou uma cultura agrícola arbustiva ou arbórea, o efeito na composição da atmosfera terrestre seria desprezível, principalmente se comparada com o efeito da abundante vegetação dos oceanos, que ocupa quase toda a superfície do planeta. Os teores de oxigênio e de gás carbônico da atmosfera sobre os oceanos e sobre os continentes são iguais e continuam sendo sempre os mesmos.
Ocupação humana da floresta
A floresta natural na ausência do homem civilizado mantém-se virgem em equilíbrio, com todos os seus componentes inclusive o homem em estado selvagem. Quando o homem civilizado vem e ocupa uma região florestada altera em algumas dezenas de anos, seu equilíbrio e transforma o ambiente numa condição favorável à sua sociedade. A floresta não será mais virgem, mas uma floresta antrópica, vegetação resultante de ação do homem sobre a vegetação natural. Como por exemplo pastos, plantações frutíferas, canaviais, etc, como aconteceu com a Mata Atlântica brasileira. São também florestas antrópicas as coberturas atuais da Europa, dos Estados Unidos, da China, do Japão etc.
No início do século vinte, quase todo o território do Estado de São Paulo estava coberto pela Mata Atlântica, cerca de 90%, Com o decorrer dos anos a cobertura florestal foi sendo reduzida sistematicamente. Por volta de 1950, na metade do século vinte, já tinha caído para menos de 15%. Com essa enorme redução na área florestada não se verificou alteração sensível nas suas condições climáticas. Elas continuaram favoráveis à vida humana e ao cultivo das mesmas culturas, como anteriormente.
O papel da floresta no clima
A floresta não tem papel significativo na temperatura da atmosfera terrestre. Certamente, um terreno de solo desnudo, desprotegido, pode apresentar grande variação de temperaturas no seu ambiente microclimático. Mas é um efeito local e não climático. Os fatores que afetam decisivamente a temperatura da superfície terrestre e da atmosfera são a radiação solar e as suas condições geográficas como: latitude, altitude, continentalidade, as massas de ar etc.
A floresta não influi na distribuição da precipitação pluvial da região. O regime pluvial é um efeito das condições geográficas e topográficas da região e não da cobertura do terreno. As grandes precipitações da região amazônica são efeito da sua posição geográfica. A foz do Rio Amazonas fica a oeste da região equatorial quente do Oceano Atlântico e pela circulação geral da atmosfera essa faixa latitudinal é caracterizada pelos ventos alísios, que sopram de leste. Assim, depois de passar sobre as águas quentes equatoriais do oceano Atlântico, a atmosfera aquece-se e umedece-se consideravelmente.
Dessa forma, penetra pela foz e vale planos do rio Amazonas, subindo seus afluentes, seguindo o curso do rio até as encostas da Cordilheira dos Andes. Nesse percurso as altitudes vão se elevando, as temperaturas caindo, a umidade atmosférica se condensando e as nuvens formando-se e precipitando-se em forma de chuva, independentemente da cobertura do solo, que pode ser de floresta ou não.
A floresta que cobre o solo é efeito das condições favoráveis do terreno e do clima. Se houver deficiência de nutrientes no solo, como carência de potássio, de fósforo, de cálcio, de zinco, etc. a vegetação natural será o cerrado. Se houver falta de chuva e carência de água, a vegetação natural será a caatinga.
Na grande região central brasileira, os solos são oriundos de rocha sedimentar muito velha, sujeita há milhões de anos à lavagem pluvial. Foi muito lixiviada e empobrecida. Os solos resultantes são igualmente muito pobres. Não suportam uma floresta ou uma cultura agrícola. Sua vegetação natural será raquitizada. É o cerrado. Quando seu solo empobrecido for convenientemente fertilizado pela adubação pode se tornar uma terra de cultura e ser utilizada sem problema para culturas agrícolas, pastagens e mesmo para reflorescimento.
No Nordeste brasileiro, onde as chuvas são escassas e irregulares, o balanço hídrico climático pode acusar severas deficiências de água no solo e a vegetação natural não pode ser uma floresta natural, mas sim a vegetação raquitizada. É a conhecida caatinga.
Reconhecimento da Amazônia
A Amazônia é conhecida pelas margens dos rios, por onde circulam as embarcações. As margens, quando arenosas e muito lavadas pelas enchentes, apresentam terras excessivamente pobres em nutrientes e imprestáveis para a agricultura.
Isso dá idéia de que os solos amazônicos em geral são também demasiados pobres e impróprios para a agricultura. Hoje, com novas rodovias, passando pelas terras altas e bem drenadas dos interflúvios, verifica-se que muitos solos são bastante férteis, cobertos de florestas vigorosas, indicativas de solo e clima excelentes para agricultura e pecuária.
Considerações finais
Uma floresta adulta, vigorosa, em estado de clímax, não é fonte de oxigênio para a atmosfera. Todo o oxigênio que produz pela fotossíntese é consumido pela respiração e pela vegetação senescente em decomposição.
Mesmo que produzisse um saldo de oxigênio, ele seria insignificante em face do produzido pela imensa vegetação da superfície oceânica, que cobre mais de dois terços da superfície do globo terrestre.
A floresta amazônica é diminuta comparada à enorme cobertura oceânica do Globo, e praticamente não influi no clima geral da Terra.
A cobertura vegetal natural de um solo é conseqüência das condições do seu meio. Se forem todas favoráveis, a cobertura natural será a floresta. Se um fator não for favorável, não ocorrerá a floresta. Poderá ser o cerrado, o campo limpo, a caatinga, o solo nu etc.
Se houver influência da ocupação humana civilizada, a cobertura do solo não será a natural. Será uma cobertura antrópica, que poderá ter áreas florestadas ou não, segundo as conveniências do homem.
O destino de uma Floresta Amazônica antrópica será o mesmo da Mata Atlântica atual. Ficará equilibrada, e em harmonia com a presença do homem. Quem viver, verá!
www.mnp.org.br
Pensei que iria aprende alguma coisa nova !
Ja faz 3 anos que planto milho safrinha com brachiara e tem dado bons resultados na soja,entao a melhor teoria é a pratica.....
Sr. Antonio Carlos Pereira, sei que sabes muito mais. A intenção foi somente participar do debate. Mas para alguém que sabe pouco foi um começo, refletindo que os Sitemas de Rotação de Espécies Vegetais de longa duração, especialmente os sistemas mistos lavoura pastagem, poderão constituir, se usados por um período longo, em Ecossistema Rural ambientalmente superior ao ao original. Os efeitos mais notáveis aparecerão após o segundo ciclo do sistema, e são as lavouras e não as pastagens as mais beneficiadas. com a palavra os especialistas em sistemas rurais.
Celso, o sr escreveu que para quem sabe pouco foi um bom começo, eu sou obrigado discordar, o sr uso muitos termos técnicos, o produtor rural na maioria não entendem esses termos técnicos, Jean Piaget deixa isso muito bem claro ! Eu fui dar uma assessoria sobre mogno africano, teca, cedro australiano, mas na verdade oque mais estava precisando era o eucalipto, mostrei que onde tinha brachiaria iria ter um prejuízo de uns 50%, para mim a brachiaria sera a ultima a ser usada. Celso agostaria de mostrar meu serviço, veja meu site e também o meu facebook. www.mognoonline.com.br ,facebook: mogno online
Sr. Antonio respeito muito a sua opinião, sua atividade é de suma importância, parabéns. Principalmente agora que no Código Florestal as plantas lenhosas podem ser implantadas em qualquer situação. Eucalipto pode ser plantado até em terra boa de alta aptidão agrícola. Sou pequeno produtor rural e ainda tenho capim Jaraguá na esperança que surja alguma forrageira para evitar o uso de Brachiaria. Estamos de pleno acordo. Uso erroneamente termos técnicos, devido ter trabalhado trinta e sete anos em pesquisa, sendo que na EMBRAPA vinte e cinco anos. Como trabalhei, entre outras as coisas, em Sistemas Mistos Lavoura-Pastagem de longa duração, isto é, três anos de pastagem e oito anos de rotação de espécies anuais, iniciei com brachiaria e também leguminosa perene, utilizando a prática se semeadura direta. Devido esse fato me reporto a brachiaria. Mas, para substituir a brachiaria com a palavra os especialistas em forrageiras. Trabalhei também com Tanzânia, Consórcio de Milho+guandu e de Milheto+guandu, aveia preta e uma série de outras espécies. Todos os resultados obtidos estão em documento de orientação à assistência técnica e a produtores.
Celso eu apenas falei que pouca chuva a brachiaria não segura umidade,oque ocorreu é que a brachiaria tem raiz profunda, fixou o carbono e melhorou a soja, acho que o Eng. esqueceu de falar sobre o carbono ou não escreveram. Brachiaria com pouca chuva não vira nada, até porque ela retira muitos nutrientes da terra. O plantio direto na verdade substitui a brachiaria e muito bem, acho que o guandu é melhor, o guandu já não retira tanto nutrientes.
Sr. Antonio esqueça a brachiaria. As gramíneas forrageiras perenes aumentam os agregados estáveis e a macroposidade, aumentando o armazenamento de água no solo e a eficiência dos fertilizantes, não estou falando na cobertura do solo por um período curto, reciclam Cálcio e Potássio. O guandu melhora o aporte de material orgânico de qualidade de cargas negativas na disponibilização dos nutrientes do solo, fornece nitrogênio e recicla Fósforo (muito importante). Mas, nas leguminosas a agregação é frágil, assim quando a soja (retira grandes quantidades de potássio) é a cultura principal, daí a necessidade das gramíneas na rotação, para melhorar as propriedades físicas do solo, melhorando o armazenamento de água tão necessária para essa cultura. Somente existe um problema se for feito lavoura onde se tinha pastagem sem limitação química do solo, por três anos, as culturas anuais sucessoras se tornarão tão produtivas, que o produtor nunca mais voltará a implantar pastagem nessa área, tal é a recuperação do solo original ou degradado pelo uso agrícola (isto será mais durável após o segundo ciclo da rotação com três anos de pastagem). A implantação de pastagem em solo corrigido para pastoreio de dois ou mais anos é o mais eficiente método para tornar os solos brasileiros produtivos para agricultura, sem segunda opinião. Esse método seria mais eficiente ainda, se for possível o consórcio da gramínea+leguminosa para pastoreio. Como são usado na Argentina e Uruguai (gramínea+trevo visiculoso), com a palavra os especialistas em forrageiras. Concluindo Sistema (de longa duração) Misto Lavoura-Pastagem com três anos de Pastagem e quatro a oito anos de Lavoura, dependendo do solo, associado ou não ao reflorestamento, é único caminho para maximar o rendimento das lavouras anuais. Como técnico tenho a Obrigação de enfatizar o Sistema Misto Lavoura-Pastagem como sistema para otimizar o rendimento das culturas anuais.
antonio carlos pereira Jaboticabal - SP
Quando agregamos ao solo 1% de matéria orgânica em uma camada de + - 30 cm do solo, aumentamos 17 l/m²..., como pode ver não precisa ser a braquiária, até porque ela retira muito nutrientes do solo. Na verdade, o que acontece é que a raiz da braquiária profunda fixa o carbono (c) no solo ! Nada mais !
Comentário de Celso de Almeida Gaudencio: Sr. Antonio Carlos Pereira, correto... não se deve usar brachiaria para manter as nascentes, mas onde a cultura principal é soja as gramíneas aumentam a retenção de água no solo para enfrentar verânicos; e como a soja não tem sistema de reserva, elas necessitam de umidade do solo durante todo ciclo ... as gramíneas, como fortes agentes biológicos para a formação de agregados estáveis do solo, constituiem-se numa solução para atender essa necessidade da cultura. Quando em meados da década de sessenta implantava ensaios de cultivares importadas de soja em solo de mata recém desbravado se alcançavam boas produtividades. Mas agora se cultiva soja em outras situações menos favoráveis de solo, dessa forma se economicamente for favorável a implantação da rotação pastagem perene por um longo período pode-se constituir um Ecossistema renovável de alta produtividade.O ARTIGO DIZ QUE A EXPECTATIVA E' COLHER 70SC/HA
Ditado: quanto mais dão para meu burrinho, mais eu quero !
Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR
As gramíneas anuais e perenes são fortes agentes biológicos para recuperação dos solos..., aveia preta, milheto e brachiarias são exemplos disso.
Sr. Celso, segundo Ana Primavesi, toda planta libera excreções pelas raízes, fornecendo aos microrganismos da rizosfera seu sustento. Ocorre que essas excreções têm ingredientes diferentes, então cada espécie de planta vai priorizar uma população especifica de microrganismos. ... A autora afirma: ..." Uma das medidas mais potentes de influir sobre a vida do solo é o rodízio racional e deliberado de culturas. Isto significa trocar a matéria orgânica, que é adicionada ao solo, mudar as excreções radiculares, mudar a exploração de minerais do solo, enfim, sempre beneficiar organismos diferentes e, com isto, evitar a proliferação unilateral de alguns". ... Tenho por hábito cheirar as raízes das plantas, aos leitores que estão lendo estas linhas. Num lugar qualquer onde existam plantas, puxe uma planta e que saia com as raízes, do lado dessa, se existir outra de outra espécie, faça o mesmo, cheire as raízes e comprove se elas não tem cheiros diferentes. Logo, dá para "entender" que as excreções radiculares dessas plantas são diferentes, inclusive no cheiro. ... O cheiro da raiz do caruru é diferente do cheiro do capim marmelada, mesmo estando com suas raízes uma do lado da outra.
Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
Sr. João Batista, permita-me dar um palpite:
O caminho que o Sr. está trilhando é o caminho da sustentabilidade da agricultura brasileira. A informação de que existe essa tecnologia (rochagem) alerta-nos que ela pode ser usada por todos os agricultores, levando-se em conta as particularidades de cada região e propriedade. Só lhe peço que não esmoreça, continue divulgando noticias e entrevistas com as pessoas que optaram por esse sistema de produção. Sr. João Batista, "o solo é o colchão que absorve os impactos das intempéries climáticas". Se você tem um bom colchão, os impactos serão amortecidos. Os solos devem ser estáveis biologicamente, e as outras duas propriedades, físicas e químicas, serão consequências da primeira. Acredito que forças opostas vão aparecer e, serão poderosas, pois estamos falando de um total de mais de 30 milhões de ton. de fertilizantes consumidos todos os anos, aos quais são agregados muitos custos da cadeia produtiva. Sou um grão de areia nos oceanos, que não são poucos, mas tive experiências salutares na condução de uma "roça" binomial soja-trigo por vários anos, usando essa filosofia, aí fui picado pela mosca-azul do doce da cana-de-açúcar e tornei-me um velhinho não diabético, pois carrego o amargor da desilusão. São as pedras que me cabem carregar, como um bom combatente envergo, mas não me entrego... Nasci assim, vou morrer assim!He! He! (risos). No comentário acima citei a reação do setor de fertilizantes, pois estava viajando sobre a entrevista que o Sr. João Batista fez neste último final de tarde (30/01) onde o assunto foi "rochagem". Aqueles que não assistiram, acho interessante dar uma olhada.
Leonardo Gomes Mariano Cesar Itaberá - SP
Parabéns! Excelente reportagem (Fazenda de MS reconstrói solo com capim e consegue 70 scs de soja). Gostaria de saber qual cultivar de braquiária estão utilizando aí na região e se ela se adaptaria bem na região sudoeste do Estado de São Paulo.
O desafio dá região central de MG é que não temos sadrinha. Aí mora o desafio para se fazer o plantio dá braquiária e garantir que ela cresça satisfatoriamente!
A braquiaria plantada la é roziziensis , planta se junto ao milho safrinha , tenho plantado , e a massa é muito boa .