Café: Bolsa de Nova York sobe cerca de 150 pts nesta tarde de 6ª e vencimentos distantes já buscam US$ 1,60/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 150 pontos nesta tarde de sexta-feira (20) e estendem os ganhos registrados na véspera. O mercado segue repercutindo o câmbio – que impacta nas exportações da commodity –, indicadores técnicos e as informações sobre o clima no Brasil. Nos últimos dias, os preços externos avançavam, mas sem forças para se manterem acima de US$ 1,55 por libra-peso.
Nesta tarde, no entanto, os vencimentos mais distantes já estão próximos de US$ 1,60/lb. Por volta das 12h26, horário de Brasília, o contrato março/17, referência para os negócios no mercado, registrava 152,35 cents/lb com 160 pontos de alta, o maio/17 anotava 154,70 cents/lb com 155 pontos de valorização. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 157,05 cents/lb com 160 pontos de avanço e o setembro/17, mais distante, operava com ganhos de 160 pontos, sendo negociado a 159,30 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas externas do café operam em alta acima de suportes interessantes nesta sexta. Em contrapartida, o cenário cambial no Brasil deve ter novidades com mais um leilão de swap do Banco Central. "Ao que parece o dólar ficará abaixo dos R$ 3,20 e, lembrando, se subir um pouco, Nova York também realiza um pouco de lucros. Nos últimos dias o mercado só trabalhou baseado no fator cambial", explica.
Às 12h37, o dólar comercial caía 0,32%, cotado a R$ 3,190 na venda. O dia, segundo agências internacionais, deve ser marcado por cautela dos operadores diante da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. A moeda estrangeira mais baixa que o real tende a desencorajar as exportações da commodity e faz com que os preços externos do grão avancem no terminais externos. O Brasil é o maior produtor e exportador da commodity no mundo.
Também dá suporte ao mercado, em menor intensidade, as informações climáticas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. O clima deu sinais de melhora nos últimos dias em áreas de Minas Gerais e São Paulo. Mas, segundo mapas climáticos, deve continuar seco e quente na Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Espírito Santo e Bahia no decorrer da semana. Uma queda na produtividade do país neste momento pode trazer um expressivo desequilíbrio entre oferta e demanda.
No Brasil, por volta das 09h37, o tipo 6 duro era negociado a R$ 510,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 532,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 506,00 a saca. Os negócios nas praças de comercialização do país seguem isolados ainda que os preços estejam acima de R$ 500,00 a saca. Segundo analistas, o produtor brasileiro conseguiu vender sua produção com valores interessantes em 2016 e agora espera por melhores patamares.
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