Café: Bolsa de Nova York cai mais de 100 pts nesta tarde de 4ª feira em ajustes e acompanhando o câmbio
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (18) após fecharem com ganhos de cerca de 50 pontos na sessão anterior. O mercado realiza ajustes técnicos e também acompanha o câmbio, que voltou a subir após recuar quase 1% ontem (17). Além disso, o mercado segue atento às informações sobre o clima nas principais origens produtoras do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo.
Apesar da queda no pregão, os principais vencimentos no mercado seguem próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. Por volta das 11h40, horário de Brasília, o contrato março/17 registrava 148,70 cents/lb com 120 pontos de queda, o maio/17 anotava 151,20 cents/lb com 110 pontos de desvalorização. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 153,50 cents/lb com 110 pontos de recuo e o setembro/17, mais distante, operava com baixa de 110 pontos a 155,70 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas externas de café seguem operando em estreitas margens e muito mais de olho na oscilação cambial e na posse do Donald Trump na sexta-feira, nos Estados Unidos. "Eles estão focados em todos esses aspectos econômicos e políticos do que qualquer outra coisa no quadro fundamental. A safra do Vietnã e da Colômbia está entrando no mercado sem grandes atropelos e o Brasil está sem grandes ofertas no mercado internacional, indicando que o mercado já está precificado", afirma.
Após recuar mais de 1% na véspera, o dólar comercial voltou a subir nesta quarta e pressiona os preços externos do café. Às 11h29, a moeda norte-americana subia 0,29%, cotada a R$ 3,2218 na venda, repercutindo as oscilações da moeda no exterior e a expectativa do discurso da presidente do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen. As oscilações do dólar impactam nas exportações e podem contribuir para um ajuste na oferta global de café.
O clima deu sinais de melhora neste início de semana em áreas de Minas Gerais e São Paulo. Mas, segundo mapas climáticos, o clima deve continuar seco e quente na Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Espírito Santo e Bahia no decorrer da semana. "A seca continua sendo uma ampla preocupação ao redor de grande parte do cinturão cafeeiro", disse o serviço de meteorologia MDA Information Systems em reportagem da agência de notícias Reuters no fim da semana passada.
No Brasil, apesar de o patamar de R$ 500,00 a saca de 60 kg voltar a ser registrado em algumas praças de comercialização, os negócios com o café seguem limitados no país. Por volta das 09h49, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 528,00 a saca e em Patrocínio (MG) estavam sendo cotados a R$ 515,00 a saca.
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