Milho consolida nova desvalorização na BM&F nesta 2ª feira e janeiro/17 volta ao patamar de R$ 35,85/sc
Os preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa finalizaram a sessão desta segunda-feira (9) em campo negativo. As principais posições do cereal ampliaram as desvalorizações ao longo do dia e encerraram a sessão com perdas entre 0,54% e 1,78%. O vencimento janeiro/17 retornou ao patamar de R$ 35,00 a saca e era cotado a R$ 35,85 a saca. O março/17 fechou o dia a R$ 34,45 a saca e o maio/17 a R$ 33,20 a saca.
As cotações foram pressionadas pela queda registrada no dólar na sessão desta segunda-feira. A moeda encerrou o dia com perda de 0,78%, cotada a R$ 3,1967 na venda. De acordo com a agência Reuters, a moeda foi pressionada negativamente pelas expectativas e entradas mais intensas de recursos.
Além disso, a perspectiva de uma grande safra na temporada 2016/17 também pesa sobre os preços. Segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a perspectiva é que sejam colhidas mais de 83,8 milhões de toneladas de milho e considerando os estoques iniciais, de fevereiro de 2017, resultaria em 92,3 milhões de toneladas. A demanda interna deverá consumir 56,1 milhões de toneladas.
"Assim, o excedente doméstico pode voltar a ultrapassar 36,2 milhões de toneladas, sendo o segundo maior volume da história. Este volume, por sua vez, estará disponível para exportação. Estimativas também indicam área e produção mundiais nas máximas históricas, mas quedas nas transações internacionais, o que pode reduzir a parcela brasileira no mercado. Nesse cenário, os preços internos podem se enfraquecer ao longo do ano.", informou o Cepea em nota.
Com isso, as cotações do milho também recuaram neste início de semana. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço caiu 7,14% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 26,00. No Rio Grande do Sul, as praças de Não-me-toque e Panambi, recuaram 3,13% com a saca a R$ 31,00 e 3,18%, com a saca a R$ 31,02, respectivamente.
No Paraná, as regiões de Ubiratã, Londrina e Cascavel, recuaram 1,72%, com a saca a R$ 28,50. No Porto de Paranaguá, o valor futuro caiu 1,61%, com a saca, para entrega em setembro/17, a R$ 30,50.
Bolsa de Chicago (CBOT)
As principais posições do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (9) com leves altas. Os contratos da commodity finalizaram o dia com valorizações entre 2,00 e 2,50 pontos. O contrato março/17 era cotado a US$ 3,60 por bushel, enquanto o maio/17 operava a US$ 3,67 por bushel. Já o julho/17 era cotado a US$ 3,74 por bushel.
De acordo com informações da Reuters internacional, os ganhos do milho foram mais limitados, uma vez que, "os participantes do mercado estão mais cautelosos em colocar apostas mais agressivas frente ao relatório do oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será reportado nesta quinta-feira (12)".
Ainda hoje, o órgão indicou a venda de 112,5 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17. Por outro lado, os embarques semanais de milho ficaram 876,562 mil toneladas na semana encerrada no dia 5 de janeiro.
O volume ficou acima das projeções dos investidores, entre 580 mil a 790 mil toneladas. Na temporada, o acumulado dos embarques de milho chega a 17.935,889 milhões de toneladas, acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 10.055,054 milhões de toneladas.
Os investidores ainda acompanham as informações sobre o desenvolvimento da safra na América do Sul. Na Argentina, algumas áreas voltaram a sofrer com o excesso de chuvas e já há relatos de danos nas lavouras do cereal.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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