Café: Bolsa de Nova York trabalha sem direcionamento nesta tarde de 6ª após subir por cinco sessões consecutivas

Publicado em 06/01/2017 12:11

Após cinco sessões seguidas de alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a testar o território negativo nesta tarde de sexta-feira (6). Os preços externos trabalham sem direcionamento, mas continuam próximos do patamar de US$ 1,45 por libra-peso. O mercado volta a repercutir questões fundamentais como a melhora do clima no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity, e outras origens produtoras. O câmbio também atua como fator baixista.

Por volta das 12h23, horário de Brasília, o contrato março/17 estava estável cotado a 143,10 cents/lb com queda de 65 pontos, o maio/17 caía 70 pontos e operava a 145,35 cents/lb. Já o vencimento julho/17 anotava 147,55 cents/lb com 75 pontos de desvalorização, enquanto o setembro/17, mais distante, tinha queda de 90 pontos, e estava cotado a 149,45 cents/lb.

"As cotações passam nesta sexta-feira por um processo de acomodação depois da puxada que registrou recentemente. Agora, são corrigidos alguns exageros. Mas o mercado segue, fundamentalmente, sem novidades e à espera de informações sobre a safra brasileira", afirma o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. Na véspera, as cotações futuras do arábica subiram cerca de 200 pontos e testaram o patamar de US$ 1,45/lb.

Além dos ajustes realizados no mercado, o câmbio também influencia na queda das cotações externas do grão. Às 12h43, o dólar comercial subia 0,38%, cotado a R$ 3,210 na venda, após cair com força nos últimos dias repercutindo dados positivos da economia global. As oscilações na moeda estrangeira impactam diretamente as exportações da commodity e, consequentemente, os preços internos e externos do grão.

As informações sobre a safra deste ano do Brasil seguem repercutindo entre os operadores. Alguns acreditam que as melhores condições climáticas no fim de 2016 devem contribuir para minimizar os efeitos da bienalidade negativa. Segundo reporte recente do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) nesta quarta-feira, o clima tem sido favorável, mas a bienalidade negativa deve resultar em menor produção de café na temporada brasileira 2017/18, com isso os preços devem se manter firmes ao longo do ano.

A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior do mundo, estima queda na produção de café do Brasil em 2017 em cerca de 17%. "Estamos prevendo uma safra menor neste ano por conta da bienalidade baixa das lavouras na maioria das regiões produtoras de café arábica. O conilon também não se recuperou das perdas recentes, então em 2017 esse problema de desabastecimento será ainda maior", explicou o presidente da cooperativa, Carlos Paulino. A produção na área de abrangência da cooperativa em 2016 foi de 20 milhões de sacas.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que o Brasil fechou o ano de 2016 com produção recorde de café, foram 51,37 milhões de sacas entre arábica e conilon, variedade brasileira do robusta.

No mercado físico, os negócios com café seguem isolados mesmo com os preços voltando ao patamar de R$ 500,00 a saca. "Os preços apresentaram recuperação, mas o volume de negócios ainda está bem baixo", explica Gil Carlos Barabach. Por volta das 09h48, o tipo 6 duro era negociado a R$ 500,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 491,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam a R$ 478,00.

Na quinta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 501,39 com alta de 1,96%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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