Em Chicago, milho tem mais um dia de alta e consolida 3º pregão consecutivo de valorização
Pelo terceiro dia seguido, os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em campo positivo. Ao longo do pregão desta quarta-feira (4), as principais posições da commodity ampliaram os ganhos e finalizaram o dia com valorizações entre 4,00 e 4,25 pontos. O contrato março/17 era cotado a US$ 3,59 por bushel, enquanto o maio/17 trabalhava a US$ 3,65 por bushel. Já o setembro/17 encerrou a sessão a US$ 3,79 por bushel.
Segundo o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville, os preços do cereal foram impulsionados pelas compras realizadas por parte dos fundos de investimentos. Os sites internacionais reportaram que, os fundos buscam reequilibrar suas carteiras nesse início de ano.
Do lado fundamental, o mercado ainda segue sem grandes novidades. Com isso, os investidores observam o desenvolvimento da safra na América do Sul. A demanda também continua em foco e nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os embarques semanais do cereal em 636,684 mil toneladas na semana encerrada no dia 29 de dezembro.
A expectativa é que nos próximos meses o mercado volte a especular sobre a nova safra americana. E qual o tamanho da área que deverá ser destinada ao plantio do cereal na próxima temporada.
Mercado brasileiro
Nesta quarta-feira (4), os preços do milho praticados no mercado brasileiro registraram ligeiras movimentações. De acordo com o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, os preços subiram novamente e encerraram o dia com valorizações de 4,17% e a saca do cereal a R$ 25,00.
Em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação também subiu, cerca de 3,70%, com a saca a R$ 28,00 no final do dia. Em contrapartida, na região de Campinas (SP), a queda foi de 1,30%, com a saca a R$ 38,10, já no Oeste da Bahia, a perda ficou em 1,28% e a saca negociada a R$ 38,50. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de estabilidade.
Os analistas ponderam que, após o período de recesso, as empresas têm retornado ao trabalho, o que tem deixado o mercado mais movimentado. Contudo, os produtores, que ainda possuem o grão, não estão dispostos a negociar o produto nos atuais patamares. O cenário é o mesmo do lado dos compradores que, tentam forçar os preços para baixo.
De agora em diante, o foco dos participantes do mercado estará voltado à chegada da safra de verão no mercado e o impacto nos preços. A perspectiva é que sejam colhidas mais de 30 milhões de toneladas do cereal na primeira safra. E já há relatos de início de colheita, especialmente no Sul e no Centro-Oeste e em áreas irrigadas no Sudeste.
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal registraram um dia de queda. Nesta quarta-feira, as principais posições do milho encerraram a sessão com quedas entre 0,03% e 2,41%. O vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 37,33 a saca e o março/17 a R$ 35,30 a saca. Já o maio/17 fechou o dia a R$ 34,40 a saca.
O mercado acompanhou, mais uma vez, a queda registrada no dólar nesta quarta-feira. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2183 na venda, com queda de 1,35%. Os investidores ainda esperam pela ata da reunião do banco central norte-americano, Federal Reserve, e também refletindo aos índices positivos na economia mundial, conforme reportou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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