Café: Bolsa de Nova York dá continuidade às perdas da véspera e cai cerca de 50 pts nesta tarde de 6ª feira
Após iniciarem a sessão desta sexta-feira (23) com leve alta, em ajustes técnicos ante a forte queda da véspera, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) retomaram o território negativo nesta tarde. Mesmo com o mercado esvaziado por conta da proximidade das festas de final ano, os operadores no terminal externo repercutiram com força ontem (22) o otimismo em relação à oferta do grão em 2017 devido ao clima melhor no cinturão produtivo do Brasil. Os preços também seguem variando tecnicamente.
Com mais essa queda, os preços externos da variedade estão mais distantes do patamar de US$ 1,45 por libra-peso. Por volta das 09h21, horário de Brasília, o contrato março/17 registrava queda de 60 pontos e estava cotado a 138,50 cents/lb, o maio/17 caia 50 pontos e operava a 140,85 cents/lb. Já o vencimento julho/17 anotava 143,15 cents/lb com 50 pontos de desvalorização, enquanto o setembro/17, mais distante, anotava baixa de 55 pontos, cotado a 145,00 cents/lb.
Segundo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o mercado do café caminha para o fim do ano sem ofertas do lado vendedor. No entanto, aspectos fundamentais continuam pesando sobre os preços. "Os produtores brasileiros estão oferecendo menos, e os produtores na América Central não estão no mercado devido à fraqueza dos preços. A única exceção agora parece ser Honduras. As ideias do mercado são de que a produção de arábica será forte na América Latina", explicou ontem em relatório.
Fatores técnicos também contribuíram para a queda nos preços externos do grão na quinta-feira, com investidores liquidando posições compradas no mercado. "Os fundamentos estão presentes no mercado, mas os terminais estão esvaziados e os preços oscilam entre 140,00 cents/lb e 145,00 cents/lb em movimento típico de final de ano", afirmou o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) elevou ontem a produção de café do Brasil em seu quarto e último levantamento da atual safra, para 51,37 milhões de sacas de 60 kg entre arábica e robusta. De acordo com a pesquisa, o volume representa um acréscimo de 18,8%, quando comparado com a produção de 43,24 milhões de sacas obtidas no ciclo anterior e representa recorde histórico. A maior safra até hoje havia sido registrada em 2014, quando o país totalizou 50,8 milhões de sacas.
No mercado físico brasileiro, seguem isolados os negócios com café e o cenário não deve mudar até pelo menos o fim do ano. "A maioria das empresas já estão em recesso ou em férias coletivas. O mercado deve voltar a ganhar forças apenas em 2017", afirmou o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. Também por volta das 09h21, o tipo 6 duro era negociado a R$ 485,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 490,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) a R$ 490,00.
Na quinta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,76 com queda de 1,59%.
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