Na BM&F, milho acompanha desvalorização do dólar e recua até 3,37% no pregão desta 5ª feira
As cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa apresentaram fortes quedas na sessão desta quinta-feira (22). As principais posições da commodity acumularam perdas entre 2,08% e 3,37%. O janeiro/17 era cotado a R$ 38,14 a saca e o março/17 a R$ 35,80 a saca. Já o maio/17 encerrou o dia a R$ 34,40 a saca e o setembro/17 a R$ 32,28 a saca.
Novamente, as cotações do cereal acompanharam a desvalorização registrada no dólar. A moeda caiu quase 1% nesta quinta-feira e encerrou o dia a R$ 3,2993 na venda, menor nível de fechamento desde 9 de novembro, o câmbio ficou em R$ 3,2095, segundo explica a Reuters.
Ainda de acordo com informações da agência, com o menor volume das operações devido às festas de final de ano, algumas movimentações pontuais no mercado têm conseguido influenciar com maior intensidade as cotações da moeda. O dólar recuou pelo 4º dia seguido, a perda acumulada é de 2,69% no período.
Enquanto isso, no mercado interno o dia foi de pouca movimentação aos preços do milho. De acordo com o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apenas a praça de São Gabriel do Oeste (MS), apresentou leve alta de 1,85%, com a saca do cereal a R$ 27,50. Nas demais regiões, as cotações permaneceram inalteradas.
Diante da proximidade das festividades de final de ano, o mercado permanece mais calmo. Nos últimos dias, a maior presença dos compradores acabou dando suporte aos preços do cereal, porém, a perspectiva é que os valores cedam com a chegada da safra de verão ao mercado.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta quinta-feira (22) bem próximos da estabilidade. Os principais contratos do cereal apresentaram leves quedas entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,54 por bushel, enquanto o julho/17 operava a US$ 3,61 por bushel. O março/17 permaneceu em US$ 3,47 por bushel.
Os analistas ainda ponderam que, o mercado segue sem novidades. Com isso, as atenções estão voltadas para o andamento da safra na América do Sul, especialmente na Argentina, com perspectiva de chuvas em algumas regiões que apresentavam período mais seco. "Qualquer nova notícia é escassa deixando os mercados para negociar o clima na América do Sul e dados da demanda", completa Kim Rugel, da Benson Quinn Commodities.
Como fator positivo aos preços, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 100,400 mil toneladas de milho ao México. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da temporada 2016/17.
O departamento também divulgou seu novo boletim semanal de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 15 de dezembro, as vendas de milho somaram 1.251,000 milhão de toneladas. O volume ficou acima das expectativas dos investidores, entre 800 mil toneladas a 1.150,000 milhão de toneladas do cereal.
Contudo, o número ficou abaixo do registrado na semana anterior, de 1.540,100 milhão de toneladas. No acumulado da temporada, as vendas americanas já somam 34.344,8 milhões de toneladas, contra 19.494,2 milhões do ano anterior. A projeção é de que, em toda a temporada, a vendas alcancem as 56,52 milhões de toneladas.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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