Café: Bolsa de Nova York tem queda próxima de 100 pts e estende perdas da véspera nesta tarde de 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (21) e estendem as perdas registradas na véspera. Após ajustes nos últimos dias e o câmbio dando suporte aos preços, os operadores externos voltaram a repercutir com força o otimismo com a oferta na próxima temporada. Apesar de mais essa baixa, os preços externos do grão seguem próximos do patamar de US$ 1,45 por libra-peso.
Por volta das 11h52, horário de Brasília, o contrato março/17 registrava queda de 80 pontos e estava cotado a 143,05 cents/lb, o maio/17 também caía 80 pontos e operava a 145,30 cents/lb. Já o vencimento julho/17 anotava 147,65 cents/lb com 70 pontos de desvalorização, enquanto o setembro/17, mais distante, anotava baixa de 75 pontos, cotado a 149,45 cents/lb.
"Os futuros subiram recentemente com compras sendo realizadas devido as oscilações do câmbio. No entanto, as ideias são de que a produção de arábica na América Latina será forte", explicou na segunda-feira (19) o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville em relatório. Com as melhores condições climáticas no Brasil, as ideias de desabastecimento em 2016 diminuíram.
Mapas climáticos apontam que após bons volumes de chuvas nos últimos dias em áreas do cinturão produtivo de café do país, o clima deve ficar menos chuvoso e quente nos próximos dias. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), até quinta-feira, somente o centro e norte do Espírito Santo e o Paraná receberão chuvas mais volumosas.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no entanto, informou que a exportação de café do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, na safra 2016/17 deve cair, totalizando 34,23 milhões de sacas de 60 kg. Esse número é 3,7% menor que o volume registrado na temporada anterior, quando foram embarcadas 35,54 milhões de sacas pelo país. Segundo a entidade, o Brasil deve ter produção de café na safra 2016/17 mais alta que a anterior, totalizando 56,1 milhões de sacas na safra 2016/17.
O mercado físico brasileiro segue o movimento externo, com poucos negócios acontecendo na maioria das praças de comercialização. Por volta das 09h30, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 pela saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis em R$ 505,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) a R$ 518,00.
Na terça-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 502,71 com alta de 0,66%.
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