Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 4ª feira e se distancia do patamar de US$ 1,45/lb
Após registrarem alta pela manhã, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a cair cerca de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (14) e voltaram a se distanciar do patamar de US$ 1,45 por libra-peso. O mercado segue bastante atento com a melhora do clima no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, o câmbio e o movimento dos fundos especuladores no mercado também influenciam nos preços.
Por volta das 12h13, horário de Brasília, o contrato março/17 anotava recuo de 110 pontos e estava cotado a 141,75 cents/lb, enquanto que o maio/17 caía 110 pontos a 144,00 cents/lb. Já o vencimento julho/17 perdia 130 pontos valendo 146,00 cents/lb e o setembro/17, mais distante, anotava queda de 145 pontos e cotado a 147,75 cents/lb.
O mercado externo do café arábica tem apresentado consecutivas quedas nos últimos dias. No entanto, na segunda e terça-feira, as cotações apresentaram recuperação depois de quase perder o patamar de US$ 1,40/lb. Segundo o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, essa instabilidade se dá porque o mercado "fica muito na mão de especuladores e fundos", já que não se sabe se estes continuarão liquidando suas posições ou se irão retomar as suas carteiras.
Os operadores seguem otimistas com a próxima safra do Brasil diante das melhores condições climáticas no cinturão produtivo do país nos últimos dias. Institutos meteorológicos reportaram que até quinta-feira áreas produtoras do grão podem receber precipitações acumuladas de 70 milímetros. Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais serão as principais regiões beneficiadas.
Analistas brasileiros acreditam que o abastecimento no próximo ano corre risco. A agência de notícias Reuters informou ontem (12), com base em informações de analistas e comerciantes que, "apesar de chuvas favoráveis no período de floração, que teve início em setembro, a safra de 2017 deve cair entre 5 e 20% ante a safra deste ano, devido ao ciclo bienal natural das árvores, que alternam entre grandes e pequenas safras".
Para Machado, os números são salutares e dentro do pensamento de mercado. "Se pegarmos uma média, teremos, segundo a pesquisa, uma safra de 47 milhões a 48 milhões de sacas, esse é um número muito apertado para atender a nossa demanda", afirmou.
No mercado físico, por volta das 10h15, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 pela saca de 60 quilos, assim como no último fechamento. Em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis em R$ 495,00 por saca e em Poços de Caldas (MG) a R$ 522,00.
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